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29 setembro 2008

Déficit de atenção......não ocorre somente em crianças...

Muito divulgado em crianças tidas como super ativas, o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) costuma ser mais diagnosticado em crianças, mas não é uma doença exclusivamente pediátrica. Afetando 4% da população adulta, o mal caracteriza-se pela diminuição das funções do córtex pré-frontal – área do cérebro responsável pela inibição do comportamento e controle de concentração.

Como as principais causas são pré-disposição genética, tabagismo materno durante a gravidez, anoxia e complicações no parto, já se nasce com TDAH. Os sintomas surgem entre 7 aos 12 anos, e são os principais responsáveis pela queda do rendimento escolar. Porém, em mais de 50% dos casos, as manifestações persistem até a vida adulta, segundo a Associação Brasileira do Deficit de Atenção (ABDA).


As características do distúrbio revelam-se de maneiras diferentes conforme a faixa etária. Enquanto o TDAH em crianças apresenta-se como inquietação motora, dificuldades de atenção nas aulas e na realização de tarefas escolares, no adulto os sintomas são predominantemente cognitivos. Eles não têm o grau de hiperatividade observado em crianças, apenas inquietude, como balançar as pernas e mexer-se muito na cadeira – afirma o psiquiatra Paulo Mattos, presidente da ABDA.

Na vida adulta, ficam mais evidentes as imperfeições das funções executivas: planejamento, organização e execução de tarefas. Geralmente, os adultos têm dificuldade de definir prioridades. Com isso, ficam sobrecarregados, estressam-se e interrompem no meio o que estão fazendo. É comum também a ocorrência de atrasos, esquecimentos e desatenção.

Cerca de 70% dos casos de TDAH estão associados a ansiedade, depressão e uso de drogas, além de transtornos do apetite e do sono.

O tratamento adotado pelos médicos especializados é multimodal: combina medicamentos – a Ritalina é o mais prescrito – com psicoterapia – a Terapia Cognitiva Comportamental é a mais indicada para tratar TDAH.

A meditação também contribui para a remissão do distúrbio. Há dois anos, surgiu no Brasil a neuropsicoterapia, tratamento que consiste em estimular o cérebro.

Através de um aparelho chamado Neuropathways, que conecta o cérebro do paciente a um computador, é possível selecionar freqüências e estabelecer critérios de amplitude do sinal para um treinamento cerebral. Isso, em no máximo um ano, leva à correção dos comprometimentos funcionais cerebrais – explica o psicólogo e mestre em neurociência Leonardo Mascaro.
Porém, o tratamento ainda não foi reconhecido pelos médicos.

(Fonte: Cecilia MInner / Jornal do Brasil)

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