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31 agosto 2006

Clima da Terra poderá se tornar cada vez mais quente e seco

Gabriel Penno Saraiva (*)

Para que se compreendam as origens e possíveis efeitos do aquecimento global, deve-se entender o fenômeno dos períodos glaciais e inter-glaciais. Tais fenômenos tiveram origem após o término do Eoceno, época geológica que ocorreu entre 56 e 34 milhões de anos atrás.

Durante o Eoceno, o planeta se aqueceu em um dos mais rápidos e extremos eventos de aquecimento global da história geológica da Terra, chamado de Paleoceno-Eoceno Termal Máximo (PETM). Este foi um episódio de rápido e intenso aquecimento que durou cerca de 100.000 anos, fazendo com que a temperatura média do planeta alcançasse 22º C, ou cerca de 7° C superior à média atual.

O clima global durante o Eoceno era bastante homogêneo. A diferença de temperatura entre o equador e os pólos era somente a metade da diferença atual, e as correntes oceânicas profundas eram excepcionalmente quentes. As regiões polares possuíam um clima temperado quente. Florestas temperadas quentes se estendiam até os pólos, enquanto que climas tropicais úmidos eram encontrados até 45 graus de latitude norte e sul.

Porém, as temperaturas médias das regiões equatoriais eram provavelmente similares às atuais, porque o grande aumento da cobertura florestal resultante do aquecimento global do Eoceno fez com que estas florestas regulassem as temperaturas ao nível do solo. O planeta foi totalmente coberto por florestas neste período. Este aquecimento foi provavelmente causado por intensa atividade vulcânica, que criou um poderoso efeito estufa. As florestas controlaram este aquecimento, absorvendo boa parte dos gases emitidos para a atmosfera pelo vulcanismo, ao mesmo tempo em que fizeram o clima ficar mais úmido à medida que ficava mais quente.

Quando este período de intenso vulcanismo terminou, as florestas que recobriam o globo continuaram a crescer e absorver os gases do efeito estufa, lentamente reduzindo sua concentração. Com o tempo, esta diminuição da concentração dos gases de efeito estufa fez a temperatura lentamente cair. Este processo levou cerca de 40.000 anos, rebaixando as temperaturas médias globais até cerca de 10º C, congelando os pólos e dando origem à uma glaciação. As temperaturas mais baixas, associadas à uma redução da umidade na atmosfera, aprisionada na forma de gelo, fizeram com que a maioria das florestas lentamente morressem.

A morte destas florestas gradativamente liberou grandes quantidades de gases do efeito estufa na atmosfera, fazendo com que a temperatura global lentamente voltasse a aumentar. Quando a temperatura média global atingiu os 15º C, similar à atual, grande parte do gelo acumulado nas latitudes mais altas derreteu, e as florestas voltaram a se expandir. Durante outros 40.000 anos o planeta manteve temperaturas similares às atuais, mas as florestas mais uma vez diminuíram a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera, o que fez com que uma vez mais a temperatura global caísse para cerca de 10º C, levando à mais um período glacial.

Estes movimentos de distensão e contração das capas de gelo, também conhecidos como períodos glaciais e inter-glaciais, vêm ocorrendo há cerca de 34 milhões de anos. No início, os períodos glaciais eram de cerca de 40.000 anos cada, assim como os períodos inter-glaciais. Com o tempo, os períodos glaciais aumentaram para 100.000 anos cada, e os períodos inter-glaciais diminuíram para cerca de 15.000 anos cada.

O último período inter-glacial, chamado de Emiano, teve início há cerca de 130.000 anos. O clima durante o Emiano era tão estável quanto o presente período inter-glacial, porém um pouco mais quente. As temperaturas máximas observadas durante o Emiano ocorreram há cerca de 125.000 anos atrás, fazendo as florestas ocuparem todas as regiões do planeta, até 70 graus de latitude norte e sul. Esta expansão da área florestal da Terra novamente levou à uma diminuição da concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera, e há cerca de 115.000 anos o último período glacial se iniciou. Tal período durou até 17.000 anos atrás, quando o presente período inter-glacial, chamado de Holoceno, se iniciou.

Tirando proveito deste período mais quente, os humanos, que haviam evoluído imensamente durante a última glaciação, começaram a cultivar as plantas e criar os animais que consumiam em sua alimentação. A agricultura e a pecuária eram processos já bem conhecidos pela maior parte das populações humanas há cerca de 8.000 anos.

Durante o último período glacial, a região do Saara possuía um clima temperado semi-árido. Climas semi-áridos possuem uma estação seca que varia entre 7 e 11 meses por ano. Quando o Holoceno se iniciou, o clima do planeta gradativamente ficou mais quente e úmido, fazendo com que o clima da região do Saara se transformasse em tropical estacional há cerca de 12.000 anos. Climas estacionais ainda possuem estações secas, que variam entre 3 e 6 meses por ano.

Algo similar também aconteceu à região da Amazônia. Esta possuía um clima subtropical semi-árido durante a última glaciação, com árvores de maior porte somente sendo encontradas ao longo dos rios. Com o início do Holoceno, esta região também se tornou mais quente e úmida, transformando-se em uma região tropical estacional há cerca de 13.000 anos. Esta região era então coberta por diversos tipos de cerrado, com uma região de floresta estacional em seu interior, onde hoje se localiza a chamada "Hiléia". A Hiléia se transformou em uma floresta tropical úmida há cerca de 9.000 anos, e a região coberta por cerrado se transformou em florestas tropicais estacionais. Atualmente a Hiléia representa cerca de 60% da área total da Amazônia, sendo as extremidades da chamada floresta Amazônica formadas por florestas estacionais que estão lentamente se expandindo em direção ao Brasil central, que ainda é coberto por cerrado. Porém, tal expansão está sendo interrompida pela ação humana.

A civilização chegou ao Brasil central e à Amazônia há cerca de 50 anos, e já está destruindo estas áreas com uma velocidade impressionante, porque esta chegada se deu por parte de um grande número de indivíduos. Neste caso, "civilização" significa agricultura e pecuária de grande escala, para alimentar as populações residentes nas cidades.

A agricultura e a pecuária foram criadas há cerca de 12.000 anos, por populações residentes da região do Saara. Nesta época, o Saara era coberto por uma vegetação similar ao cerrado, e possuía um clima com estação seca de aproximadamente 6 meses ao ano. De maneira à cultivar o solo, tais populações humanas queimavam a vegetação ao final da estação seca, para que as áreas destinadas à agricultura estivessem "limpas" quando a estação chuvosa se iniciasse. Em áreas destinadas à pecuária, o gado consumia os vegetais tenros resultantes da regeneração da floresta depois da queimada. Porém, estas queimadas geralmente se tornavam fora de controle, queimando anualmente áreas enormes de cerrado.

Quando uma região se tornava estéril, as populações humanas se dirigiam à outra área virgem. Há cerca de 8.000 anos, a população humana se utilizando destes métodos de manejo do solo era tão grande que áreas hoje pertencentes à Líbia e ao Egito já se encontravam estéreis. Parte destas populações iniciou um movimento de migração para o oeste, levando o deserto consigo, já que não estavam conscientes da destruição que estavam infligindo à natureza. Nesta época a região do Saara começou a se tornar mais seca, e este processo se acelerou após os romanos conquistarem o norte da África, há cerca de 2.000 anos.

Desta forma, nota-se que se não fosse por esta interferência desastrosa por parte da civilização, o Saara seria atualmente uma região similar à Amazônia. O mesmo processo ocorreu e vem ocorrendo na maior parte do mundo. Atualmente, somente 29% da área continental se encontra coberta por florestas, enquanto que a área coberta por desertos já representa 18% da área continental.

O resultado da diminuição da área florestada e aumento da área desertificada por conta das ações humanas não é somente a diminuição da biodiversidade e da pluviosidade, mas também um aumento gradativo da concentração de gases do efeito estufa na atmosfera. Esta maior concentração de gases do efeito estufa na atmosfera por conta da ação humana aumentou ainda mais após o início da revolução industrial, há cerca de 200 anos. Mesmo se não mais houvessem emissões de gases do efeito estufa, a temperatura média do planeta ainda aumentaria pelos próximos 100 anos, atingindo em média 18º C. Porém, as emissões devem continuar a aumentar, fazendo com que a temperatura média da Terra atinja os 21º C em 100 anos.

Desta forma, as atividades humanas atuais devem fazer com que a temperatura global atinja níveis não observados em 34 milhões de anos. Porém, como as atividades atuais também envolvem a diminuição da cobertura florestal, deve também haver uma diminuição da pluviosidade nas áreas continentais, pois as florestas prestam serviços ambientais importantes para a regulação do balanço hídrico sobre as áreas continentais. Sendo assim, não havendo uma recuperação da cobertura florestal e das áreas desertificadas, a tendência é de que o clima do planeta se torne cada vez mais quente e seco.

*É bacharel em Administração de Empresas com Habilitação em Comércio Exterior, atualmente cursando Especialização em Gestão Florestal na UFPR

http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=26520

26 agosto 2006

O que é o El Niño

Por Rosana Nieto Ferreira (Doutora em geociências da NASA)
O aquecimento ocasional das águas superficiais no Oceano Pacífico central e oriental é chamado de El Niño. Em condições normais, os ventos alísios sopram de Leste para Oeste ao longo do Equador, acumulando água quente na camada superior do Oceano Pacífico tropical perto da Austrália e da Indonésia. Nessa região de águas superficiais quentes, a atmosfera é aquecida criando condições favoráveis para a convecção e precipitação. Nos níveis superiores da atmosfera os ventos sopram de Oeste para Leste, completando a circulação atmosférica de grande escala chamada Circulação de Walker, que foi chamada assim em homenagem a Sir Gilbert Walker, quem estudou variações da atmosfera no Oceano Pacífico Tropical durante a década de 20.

Muitas vezes o princípio de um episódio do El Niño é anunciado alguns meses antes do Natal pelo aparecimento de águas mais quentes do que o normal perto da costa do Peru e Equador.

O nome “El Nino”, que vem do espanhol “o menino Jesus”, foi dado a esse fenômeno por pescadores peruanos, que observaram os aumentos sazonais da temperatura das águas superficiais do oceano na época de Natal.

Em intervalos irregulares, tipicamente de 3 a 5 anos, a intensidade dos ventos alísios diminui permitindo que a camada de águas superficiais quentes do Pacífico se desloque ao longo do equador em direção à América do Sul. Como é de se esperar esse deslocamento de águas quentes tem importantes repercussões na atmosfera. A convecção e precipitação que normalmente ocorrem no Oceano Pacífico ocidental, acompanham as águas superficiais quentes em seu deslocamento em direção ao continente sulamericano, causando chuvas mais abundantes do que o normal no Norte do Peru, Equador, e outras regiões tropicais da América do Sul. Enquanto isso, na parte Oeste do Oceano Pacífico o mecanismo de produção de precipitação cessa, causando secas na Austrália e Indonésia.

Os gráficos ao lado mostram a diferença entre os perfis verticais de temperatura ao longo do equador durante o verão de um ano normal, 1996, e o verão de 1997, um ano em que está ocorrendo um episódio forte do El Niño. Em 96, as águas superficiais mais quentes, com temperatura ao redor dos 30 graus, estavam localizadas no Pacífico Ocidental.

No Pacífico Oriental, a temperatura das águas superficiais era de aproximadamente 20 graus. Durante o El Niño de 97, as águas superficiais mais quentes foram deslocadas para a parte central do Oceano Pacífico ao passo que as águas superficiais da parte Leste do Pacífico foram aquecidas atingindo temperaturas acima dos 25 graus. Note como a inclinação vertical das isotermas durante o episódio do El Niño é menor do que a inclinação vertical das isotermas durante o ano normal (figuras ao lado). O presente episódio do El Niño está ocorrendo mais cedo no ano do que outros episódios do El Niño. Por exemplo, o El Niño do Século 20, em 1982/83 ocorreu mais tarde no ano com as maiores anomalias de temperatura em Fevereiro.

Como é de se esperar, mudanças tão grandes na superfície do oceano têm profundo impacto sobre a atmosfera. Embora a maior parte da variabilidade da atmosfera ocorra em escalas de tempo curtas, como por exemplo, as variações diárias do tempo, há muito que se reconhece a existência de variações atmosféricas em escalas de tempo mais longas.

Durante um El Niño, as águas equatoriais quentes aquecem a atmosfera durante vários meses. A atmosfera responde a este aquecimento produzindo um padrão alternado de sistemas de baixa e alta pressão, os quais por sua vez afetam profundamente a direção do vento local e inclusive as condições de tempo longe do Pacífico equatorial. Na América do Norte, os centros de baixa pressão localizados ao Sudoeste do Alasca e no Sudeste dos Estados Unidos afetam o tempo no Oeste do Canadá, e nas planícies setentrionais e região Sudeste dos EUA.

Durante um episódio do El Niño, há uma tendência para que ocorram temperaturas acima do normal na parte Oeste do Canadá e nas planícies setentrionais dos Estados Unidos. Isto ocorre porque um centro de baixa pressão localizado no Oceano Pacífico produz um fluxo de ar quente em direção ao Canadá e à parte Norte dos Estados Unidos.

No Sul dos Estados Unidos, outro sistema de baixa pressão produz um fluxo de ar frio causando temperaturas abaixo do normal. O mesmo sistema de baixa pressão no Sul dos Estados Unidos é responsável pelos aumentos na precipitação que ocorrem durante episódios do El Niño, especialmente em regiões perto do Golfo do México.

Um episódio do El Niño pode afetar as condições de tempo em diversas regiões do mundo. No Oceano Atlântico, perto da costa Sudoeste da África, as secas são freqüentes durante episódios do El Niño. Em países como o Zimbábue, cuja economia depende criticamente da produção de milho, os efeitos das secas podem ser devastadores.

Por outro lado, na parte Oeste da América do Sul, as chuvas acima do normal trazidas pelo El Niño permitem que os agricultores se beneficiem de uma colheita abundante de arroz ao invés de uma colheita normal de algodão.

As conseqüências econômicas do El Niño são impressionantes. Em 1982, prejuí­zos de mais de R$ 25 milhões foram conseqüência do mais forte El Niño dos últimos 50 anos. Nem todos os El Niño são parecidos e nem a atmosfera reage da mesma maneira. Os cientistas continuam tentando prever o fenômeno e suas interações com o tempo global.

A interação entre a atmosfera, que é um fluído cuja estrutura muda rapidamente, e o oceano, que é um fluído cuja estrutura muda muito mais devagar, é de suma importância para determinar os efeitos de um El Niño. No Centro Goddard de Vôos Espaciais, modelos numéricos da atmosfera e do oceano estão sendo criados e aplicados em conjunto com dados de satélite.

O objetivo é compreender melhor o fenômeno El Niño e determinar a utilidade dos dados de satélite na previsão de futuros episódios do El Niño e seus efeitos sobre a atmosfera e o oceano.


Fonte: Revista Eco 21, ano XV, Nº 101 abril/2005.
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./natural/index.html&conteudo=./natural/artigos/elnino.html

24 agosto 2006

Antigas civilizações....no Brasil

O cenário lembra as savanas africanas. O calor é tórrido, e a falta de chuvas do verão amazônico secou áreas sempre inundadas e esvaziou lagos e igarapés, berços da diversidade de Marajó, a maior ilha fluviomarinha do mundo. A aridez, contudo, facilita o trabalho da arqueóloga Denise Pahl Schaan, que desta vez inspeciona um sítio na região da vila de Santa Cruz. O trabalho segue sem surpresas até que um dos rapazes da equipe localiza uma lâmina de machado com suas aletas ainda intactas.

O rosto de Denise, empapado de suor sob o chapéu de abas largas, exulta.

Pesquisadora do museu paraense Emilio Goeldi e da Universidade Federal do Pará, Denise há mais de dez anos investiga a cultura marajoara, resquícios de uma nação que habitou a ilha entre os anos 450 e 1350, e de outros povos ancestrais da região.

Acostumada com as dificuldades da prospecção, é mulher que não se entusiasma fácil. Mas agora tem motivos: o material do qual é feito o machadinho, uma pedra de basalto, não existe em Marajó. Isso ajuda a comprovar a tese, sugerida já na década de 1950 pelo americano Donald Lathrap, do intercâmbio cultural e comercial entre os povos da Amazônia pré-colombiana – caso dos influentes tapajônicos, que viviam mais distantes, no interior. “Como não existem na ilha vestígios desse tipo de rocha, parece improvável que os marajoaras a tenham trazido de fora para fabricar o machadinho. O objeto é um sinal claro de que havia trocas entre os povos”, avalia.
Quando os navegadores espanhóis penetraram no Amazonas, em meados do século 16, eles já observaram tribos populosas ao longo do vasto rio.

Os portugueses vieram depois, e uma descrição mais acurada sobre povos da ilha de Marajó só veio no século 17, em relatos do padre Antônio Vieira. Segundo os estudiosos, sua sociedade complexa – com divisão de trabalho, hierarquia e noção de Estado – poderia ser comparada à dos incas.

Um dos principais sinais de sua passagem são os chamados “tesos”, espécie de colinas artificiais que chegavam a ter até 12 metros de altura e podiam ostentar grandes casas coletivas, cada qual com capacidade para abrigar 20 ou 30 famílias. Os tesos tinham também a função de proteger os moradores contra a água, pois o interior da ilha fica alagado boa parte do ano. Assim como os atuais ribeirinhos, os marajoaras represavam igarapés para criar lagos. Com redes e armadilhas de fibras ou madeira, pescavam e secavam os peixes ao Sol, garantindo comida ao longo de todo o ano. Em suas canoas, viajavam para se relacionar com outros povos e fazer trocas – por exemplo, de vasilhas, tecidos e cestaria por mandioca processada e objetos líticos. E nos rios e lagos buscavam a argila para produzir uma das mais sofisticadas cerâmicas arqueológicas conhecidas em todo o mundo.

A cerâmica marajoara, a exemplo de qualquer outra autêntica forma de arte, perpetuou-se. Ao redor das vilas, na beira da água e em tesos ocultos na mata, fragmentos ou artefatos inteiros estão à espera de ser localizados. Na vila Tessalônica, município de Afuá, encontrar um tesouro arqueológico é questão de tempo: o povoado está assentado sobre um antigo espaço de rituais. Pela manhã, quando as águas do rio baixam, as crianças retiram das margens cacos de peças há séculos soterradas. “Quarenta anos atrás, quando me mudei para cá, havia ainda mais vasilhas inteiras. Muita coisa se perdeu”, diz Joaquim Ferreira, 67 anos, o mais antigo morador do lugar.

se quiser continuar lendo click em:
http://nationalgeographic.abril.com.br

21 agosto 2006

Aquecimento global derrete camada de gelo de vulcão peruano

O aquecimento global causou nos últimos 48 anos o degelo de 54% da camada glacial do vulcão nevado de Coropuna, a 1.100 quilômetros ao Sul de Lima, segundo um estudo publicado neste domingo no jornal "El Comercio".

O estudo, realizado pelo projeto de gestão de riscos e de desastres naturais com enfoque em segurança alimentar, indica que o Coropuna poderá desaparecer nos próximos 50 anos.

O diretor executivo de Copasa, José Huerta Lazarte, disse que há pouco a fazer para impedir que o gelo derreta.

O nevado de Coropuna, que tem altura de 6.425 metros, abastece de água cerca de 50.000 habitantes das províncias arequipenhas de Condesuyos e Castilla, que se dedicam à agricultura e à indústria leiteira.

O estudo também mostrou que o nevado tem uma redução de sua camada de neve de 1,37 quilômetros quadrados por ano.

Entre 1955 e 2003, a casca glacial passou de 122,7 a 56,7 quilômetros quadrados, o que causou a desaparição de 54% da cobertura branca do nevado segundo imagens de satélite entre as décadas de 60 e 70 e a de 90.

O nevado faz parte da Cordilheira do Ampato, que concentrava até 1988 cerca de 56,3% do gelo do país andino.
(Fonte: EFE/Globo Online)

http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=26361

20 agosto 2006

EXCLUSIVO: Terapias com plantas medicinais vão ser oferecidas pelo Sistema Único de Saúde – SUS

Mônica Pinto / AmbienteBrasil

Os chazinhos da vovó estão em alta. Durante décadas tidas como placebos pela medicina tradicional, as ervas ganham espaço – e respeito – como perspectivas concretas de cura para os mais diversos males.

Os Ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia vão investir, até 2008, R$ 6,9 milhões em projetos de parceria público/privada que visem o desenvolvimento de bioprodutos com fins terapêuticos em humanos, onde se incluem as plantas medicinais e fitoterápicos.

A Portaria nº 971, do Ministério da Saúde, de 03 de maio deste ano, aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde, de caráter nacional, recomendando “a adoção pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da implantação e implementação das ações e serviços relativos às Práticas Integrativas e Complementares”.

Em termos mais simples, isso signica que os tratamentos em Acupuntura, Homeopatia, Fitoterapia e Crenoterapia (que utiliza águas minerais como recurso terapêutico) vão estar, em breve, disponíveis aos usuários do Sistema Único de Saúde – SUS.

http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=26339

17 agosto 2006

Pela luz dos olhos teus

Quando a luz dos olhos meus e a
luz dos olhos teus resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é, meu Deus que frio que me dá
o encontro desse olhar e se a luz do olhos teus
resiste aos olhos meus só pra me provocar
Meu amor juro por Deus me sinto incendiar

Meu amor juro por Deus que a luz dos olhos meus
já não pode esperar quero a luz dos olhos meus
na luz do olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus eu acho meu amor e só se pode achar
que a luz dos olhos meus precisa se casar...

Vinícius de Moraes

16 agosto 2006

A Origem da Água Mineral


Diz a mitologia, que Poseidon Deus do Mar, num ataque de fúria, secou todas as fontes de água da Grécia. Porém, encantado com a formosura de uma jovem sedenta que lhe pedia ajuda, ele mesmo, tocando seu tridente sobre uma rocha, fez nascer dalí uma tripla fonte de água cristalina. Isso ajuda a explicar a importância da água mineral para todas as civilizações desde a antiguidade.

Embora rica em fontes hidrominerais, a região denominada pelos índios, no século XVI, de Bateias, ficou famosa primeiro pelas jazidas de ouro, e por esta razão o lugarejo ficou conhecido por Ouro Fino.

O Brasil sempre teve grande cuidado com a qualidade de suas águas minerais, que estão entre as melhores do mundo. Pelo Código Brasileiro de Águas Minerais, de 1.945, "Águas Minerais são aquelas provenientes de fontes naturais ou artificialmente captadas, que possuem composição físico-química definidas e constantes com propriedades distintas das águas comuns, com características que lhe confiram uma ação medicamentosa.


O Brasil assim como alguns países da Europa, vem mantendo uma tendência de crescimento do consumo de água mineral natural engarrafada. De 1.997 para 1.998, foi registrado um aumento de 11% no consumo per capta brasileiro. Porém estes números ainda são baixos em relação ao consumo europeu.

Artigo publicado no site: www.ambientebrasil.com.br - Agosto 2006

Estudo indica que aquecimento pode alterar 88% dos biomas florestais

ECOLOGIA : 15/8/2006 Estudo feito no Reino Unido indica que aquecimento global médio superior a 3ºC anuais até 2100 poderá alterar 88% dos biomas florestais que ocupam mais de 5% da superfície da Terra.
Um novo estudo, feito por pesquisadores britânicos e cujos resultados serão publicado na próxima edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), reforça o que já se sabia: as grandes florestas do mundo, e principalmente a Amazônia, serão seriamente perturbadas se o aquecimento global não for contido.

Segundo a pesquisa, assinada por Marko Scholze, da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e colaboradores, um cenário extremamente grave virá à tona se a temperatura global subir mais 3ºC por ano, em média, até 2100. Os pesquisadores trabalharam modelos de vegetação e de clima com base em três aumentos: até 2º C, de 2ºC a 3ºC e mais de 3ºC.

No pior cenário, 44% dos ecossistemas que hoje são sumidouros seriam transformados em fontes de carbono. Com mais carbono na atmosfera, as conseqüências do aquecimento global serão cada vez mais potencializadas.

Dessa forma, diz o estudo, o impacto sobre a Terra, se nada for feito, estaria garantido por pelo menos mais 200 anos. Até 88% dos biomas, que ocupam juntos mais de 5% da superfície terrestre, seriam afetados. Entre eles estaria a totalidade das florestas de altas latitudes do hemisfério Norte.

Ainda no intervalo de maior aumento da temperatura, a transformação global poderia ser ainda maior. No caso dos biomas que ocupam mais de 10% do planeta, 13% dessa área seria transformada. Está nessa lista boa parte das grandes florestas tropicais do mundo. Além da região amazônica, os ecossistemas asiáticos também seriam diminuídos.

O artigo A climate-change risk analysis for world ecosystems poderá ser lido por assinantes, depois de publicado, no endereço www.pnas.org.

15 agosto 2006

Noticia....Estudo identifica proteína associada à crise de asma

BBC - www.bbcbrasil.com - 15/8/2006

Resfriados tendem a desencadear ataques de asma
Cientistas britânicos descobriram por que pacientes asmáticos ficam mais propensos a sofrer ataques violentos quando estão resfriados.
Os pesquisadores do Imperial College, em Londres, descobriram que, quando resfriados, pacientes asmáticos apresentam baixos níveis de uma proteína que deveria agir como um protetor das células do pulmão.

O estudo, publicado na revista científica Nature Medicine, sugere que um aumento na presença dessa proteína poderia proteger os pacientes.

Os cientistas estudaram células dos pulmões de asmáticos e não-asmáticos.

Eles descobriram que quando o asmático é infectado com o vírus do resfriado comum, as células do seu pulmão produzem a metade dos níveis habituais de um tipo de interferon.

O interferon é uma proteína produzida pelo sistema imunológico que tem propriedades antivirais.

Quanto mais baixo o nível de interferon, mais grave é o ataque de asma.

A equipe de pesquisadores, liderada por Sebastian Johnston, disse que a descoberta desse mecanismo pode levar a novas formas de tratar e prevenir ataques de asma.

Inaladores poderiam ser usados para administrar mais interferon no pulmão para ajudar o sistema imunológico a combater infecções virais, dizem os pesquisadores.

A proteína poderia ser inalada logo que surgissem os primeiros sintomas do resfriado ou mesmo durante todo o inverno, como tratamento preventivo.

"A descoberta desse mecanismo pode ser de grande importância na forma como tratamos ataques de asma", disse Johnston.

A equipe está agora fazendo testes para encontrar formas de administrar o interferon e para descobrir por que os pacientes asmáticos apresentam baixa quantidade da proteína.

Uma representante da organização britânica Asma Uk, Lyn Smurthwaite, disse que a pesquisa é um importante avanço.

"Estudos mostram que cerca de 80% dos ataques de asma em crianças e 60% dos ataques em adultos são causados por vírus (que atacam o sistema) respiratório", disse Smurthwaite.

14 agosto 2006

Noticia.....Ciência acessível

Além de tentar entender, a partir de uma visão interdisciplinar, o universo amazônico, os pesquisadores do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) acabam de entrar por mais um caminho, o da divulgação científica.

O site do LBA acaba de inaugurar uma nova sessão onde serão colocados todos os textos feitos com o objetivo de mostrar, a partir de uma linguagem acessível, a importância das pesquisas que estão sendo feitas na região nos últimos anos.

Além de uma explicação sobre a abrangência do programa de estudos amazônicos, a nova página já tem à disposição dos interessados oito textos. Um deles, por exemplo, assinado pelo pesquisador Flávio Luizão, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), fala sobre como os sistemas agro-florestais da região podem reverter a degradação da Amazônia.

O LBA é coordenado cientificamente pelo Inpa, em Manaus, Amazonas. O programa tem cooperação internacional, envolvendo mais de 130 propostas de pesquisa, entre as já executadas ou em execução.

Os textos de divulgação científica podem ser lidos a partir do site: http://lba.inpa.gov.br/lba/?p=releases&t=1 (Fonte: Agência FAPESP)

12 agosto 2006

Magia tailandesa...........

Matéria publicada na Galileu... Agosto de 2006.........

Existem diversas técnicas de massagem terapêutica que rejuvenescem e resgatam a saúde de qualquer criatura. Tratamentos milagrosos como o shiatsu japonês, a ayurveda indiana, a acupuntura chinesa, reich, rolfing, ioga, limpeza intestinal, pilates e outras formas de trabalhos corporais e energéticos ganharam popularidade tanto na Ásia como no Ocidente.

Estresse, fadiga, má circulação do sangue, digestão ruim, memória curta e falta de concentração arrastam multidões para a mesa ou o tapete do profissional dos dedos, cotovelos, joelhos e outras partes do corpo. A técnica aplicada pelo terapeuta é uma verdadeira arte sacerdotal. Não existe marketing agressivo nesta ciência divina. Seu toque milagroso e a entrega do paciente são fundamentais para a cura e o prazer. Músculos, nervos, tendões, chacras e meridianos de energia são conduzidos para uma fulminante restauração existencial. Na Tailândia, há milhares de anos, as pessoas aprendem e aplicam a famosa massagem local nos templos budistas. Pelas ruas de Bangcoc, Phuket e Chiang Mai, milhares de clínicas e experts oferecem seus serviços.

A fonte da massagem tailandesa e da ayurvédica brotou há mais de 2.500 anos e está localizada na Índia. O fundador desta ciência, Jivaka Kumar Bhacca, era médico e amigo de Sidharta Gautama. Sim, ele mesmo: o Buda. O iluminado Jivaka Kumar é mencionado nos cânones de Pali, as escrituras sagradas do budismo Theravada a respeito do seu precioso legado.

A base teórica da massagem tailandesa e indiana está alicerçada no princípio dos meridianos que atravessam o corpo humano. Segundo os especialistas, nossa carcaça abençoada por Buda possui 72 mil linhas de energia aquecendo nossas vidas. No caso da massagem tailandesa, a pressão visa algo mais que o relaxamento. Em vez do corpo físico, o foco é a estrutura energética da pessoa. Ativando pontos e desbloqueando os meridianos, a energia flui pelo corpo inteiro e os órgãos internos.

Na minha última viagem à Tailândia, havia decidido me submeter diariamente às técnicas dessa arte milenar. Em muitos locais, como praias e institutos meia-boca, um tipo de massagem duvidosa é oferecida. O importante é ficar ligado no ambiente e na atmosfera de erotismo que emana nesses lugares. Experimentei todas as formas e estilos - na praia, no aeroporto, no Four Season de Chiang Mai, no hotel Shangri-lá, em campos de arroz e nas quebradas de Bangcoc. Uma das mais gratificantes foi à beira-mar, na ilha de Phuket, ao sul do país. A massagista era uma senhora de mãos calejadas com 30 anos de experiência.

Sob a sombra de coqueiros, desfrutei a arte transcendental de Madame Hu. Ela imprimia uma energia divina pelo ciático e alongava meu corpo com perícia. Satori sem fronteiras. Entregue aos cotovelos, polegares e joelhos de Mama Hu, relaxei em esteira esplêndida e fui abduzido para uma fantástica meditação. Acordei babando com dezenas de passarinhos brincando ao meu redor, na brisa de final de tarde. A magia de ser massageado é que você está aprendendo e conhecendo os mínimos detalhes do seu aparelho e, ao mesmo tempo, é um profundo exercício de autoconhecimento. Preservar nosso precioso corpo humano não é nenhuma vaidade. Verdadeira panacéia para o equilíbrio total, a massagem tailandesa está à disposição de qualquer um. Sua eficiência e poder de regeneração são inquestionáveis. Depressão, perda de apetite sexual, distensões musculares e até falta de vontade de viver têm cura. Consulte um especialista e não se avexe.

11 agosto 2006

Noticia.....Advogados, investigadores e educadores avaliam o impacto de séries televisivas populares sobre a ciência forense

Edição Nº 51 - agosto de 2006 www.sciam.com.br

A realidade do CSI


A ciência forense sempre foi a espinha dorsal de contos de mistério, desde as aventuras de Dupin, de Edgar Allan Poe, até as histórias de Sherlock Holmes, de sir Arthur Conan Doyle, da série televisiva Quincy, de Jack Klugman, até os atuais programas de investigação criminal de grande sucesso. Os métodos de Holmes precederam muitas técnicas verdadeiras usadas para ligar uma prova física a um criminoso, como exame de sangue. Tornou-se profissão legalizada no começo do século XX e explodiu para o grande público na década de 90 com o advento da análise de DNA.

A ciência forense nunca foi tão popular: oito séries criminais, entre elas CSI: Crime Scene Investigation e outras do mesmo gênero estão na lista dos 20 programas mais vistos em outubro de 2005. Em uma quinta-feira desse mês, 27% de todos os televisores dos Estados Unidos estavam sintonizados no CSI. Programas desse tipo dão a impressão de que os laboratórios criminais estão bem equipados com técnicos altamente treinados e tecnologia de ponta à disposição, nadando em recursos para solucionar qualquer caso em tempo hábil.

Contudo, o abismo que há entre a percepção do público e a realidade é enorme. Com a popularidade desses programas, muitos vêm reclamando do que está sendo chamado de "efeito CSI". Alguns advogados e juízes têm a impressão de que os jurados que assistem ao seriado - no ar desde 2000 - agora exigem níveis nada razoáveis de provas físicas nos julgamentos.

O boom de séries que abordam a ciência forense foi ironicamente citado até mesmo dentro de um dos episódios de CSI, no qual uma equipe de televisão acompanhava as atividades dos investigadores fictícios. O líder, Gil Grisson, rejeitou a presença do grupo com a alegação de que havia "programas demais de investigação criminal na TV". Muitos advogados e juízes que acreditam que os jurados são influenciados pelo efeito CSI concordariam. Até que ponto isso é verdade?
A imprensa começou a dar atenção a esse problema em 2003, quando colheu histórias sobre o que parecia ser uma mudança no comportamento do júri. Em 2005, o promotor público de Oregon, Josh Marquis, vice-presidente da Associação Nacional de Promotores Públicos, disse ao noticiário CBS News: "Os jurados agora esperam que nós tenhamos testes de DNA para quase todos os casos. Eles esperam que tenhamos a mais avançada tecnologia possível e esperam que tudo isso seja igual ao que assistem na TV". De fato, os jurados de um caso de assassinato em Los Angeles reclamavam que um casaco sujo de sangue não havia passado por exame de DNA, mesmo sendo esse procedimento desnecessário para o caso: o acusado já havia confessado que estivera no local do crime. O juiz notou que os jurados aprenderam sobre exames de DNA pela TV, mas não em que casos deveriam ser usados.

Advogados culparam o "efeito CSI" quando um júri de Baltimore absolveu um homem da acusação de assassinato - as declarações de duas testemunhas oculares foram ignoradas por falta de prova física. "Venho percebendo uma grande mudança nos jurados e no que eles esperam dos julgamentos nos últimos cinco anos", disse o advogado de defesa Joseph Levin, de Atlantic City, Nova Jersey, a um jornal local. "Os jurados podem fazer perguntas ao juiz durante as deliberações, e suas questões são sobre o que acreditam ser ausência de prova. Querem saber onde estão as digitais ou o exame de DNA. Se não há esse tipo prova, querem saber por quê." Na Califórnia, no julgamento do ator Robert Blake por assassinato, os promotores tentaram persuadir o júri estabelecendo o motivo e a oportunidade de Blake e apresentaram testemunhas que afirmavam que ele lhes pediu que assassinassem sua esposa. Mas não foram apresentadas provas como resíduos de tiro ou marcas de sangue, e Blake acabou sendo absolvido. Um jurado chegou a dizer que se o promotor tivesse apresentado todas essas informações, a culpa de Blake teria sido estabelecida. Essa foi sua primeira derrota depois de 50 casos de assassinato.

Antes de CSI tornar-se popular, os advogados se preocupavam principalmente se um júri entenderia ou não a complexidade do exame de DNA. Mas agora muitos perdem tempo explicando a diferença entre televisão e realidade - é comum os advogados perguntarem aos candidatos ao júri sobre sua exposição a programas forenses na TV. Alguns promotores tentam se prevenir de qualquer possível conseqüência provocada pelo efeito CSI. Em julgamentos nos estados do Arizona, Illinois e Califórnia, colocaram testemunhas de prova negativa para dar seu depoimento no intuito de alertar os jurados para o fato de que detetives da vida real nem sempre encontram provas como amostras de DNA ou impressões digitais no local do crime. Entretanto, vários especialistas da área jurídica argumentam que o efeito CSI talvez seja ilusório. O mesmo jornal que citou o advogado Levin de Atlantic City destacou uma declaração do juiz Albert Garofolo, da Suprema Corte. "Minha reação inicial talvez tenha sido sim, existe um efeito CSI. Mas acredito que isso seja mais uma suspeita que qualquer outra coisa. Há uma sensação de que isso talvez seja verdade, mas, na realidade, não consigo me lembrar de uma situação em que o júri esperasse mais do que foi apresentado."

Em 2005, no Wall Street Journal, Simon Cole, do departamento de criminologia, direito e sociedade da Universidade da Califórnia, Irvine, e sua aluna Rachel Dioso escreveram: "Que a televisão tenha impacto sobre os tribunais não é implausível... Mas argumentar que programas como CSI e similares são de fato responsáveis pelo aumento do número de absolvições é exagero. E o mais incrível: conforme a linha de raciocínio forense, não há nenhum traço de evidência que apóie essa idéia. É vasto o campo de pesquisas sobre as decisões tomadas pelo júri, mas nenhuma delas encontrou algo que apoiasse o efeito CSI, só relatos".

O que aparentemente é o primeiro estudo sobre tal efeito foi publicado em fevereiro por Kimberlianne Podlas, advogada e professora assistente de ética e direito na mídia da Universidade da Carolina do Norte, em Greensboro. Podlas concluiu que a probabilidade de ocorrer uma absolvição e o raciocínio para chegar a tal decisão eram os mesmos para o público assíduo de CSI e para candidatos a jurado que não assistem ao programa - ou seja, ela não estabeleceu relação de causa e efeito. Mas vários participantes disseram que a falta de testes forenses era um problema, mesmo nos casos em que a prova física não teria resolvido as acusações hipotéticas. Atualmente pelo menos cinco alunos de pós-graduação (três nos Estados Unidos e dois na Inglaterra) escrevem teses sobre a atuação de júris reais.

Visão Distorcida
Se é difícil comprovar provar a influência do efeito CSI nos jurados, não há dúvida de que a televisão apresenta ao público uma visão distorcida de como a ciência forense é conduzida e o que ela é capaz ou não de realizar. Os atores que interpretam a equipe de investigação, por exemplo, são uma mistura de policial, detetive e cientista forense - esse perfil profissional não existe na vida real. Toda profissão, individualmente, já é complexa o bastante e demanda educação, treinamento e métodos próprios. A especialização dentro dos laboratórios tornou-se uma norma desde o final da década de 80. O cientista forense precisa conhecer os recursos das outras subdisciplinas, mas ninguém é especialista em todas as áreas da investigação criminal.

Além disso, os laboratórios freqüentemente não realizam todos os tipos de análise devido ao custo, insuficiência de recursos ou pouca procura. As séries da TV retratam incorretamente os cientistas forenses como se tivessem tempo sobrando para todos os casos. Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a uma investigação. Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo. A maioria dos laboratórios acredita que o acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam, e boa parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se na dificuldade que é dar conta de tanto serviço.

Os programas de investigação criminal de ficção não reproduzem corretamente o que ocorre na vida real quando o assunto são as técnicas científicas: Thomas Mauriello, cientista forense da Universidade de Maryland, estima que cerca de 40% do que é mostrado no CSI não existe. Carol Henderson, diretora da Central Nacional de Informação em Ciência, Tecnologia e Direito da Faculdade de Direito da Universidade de Stetson, disse a uma publicação da instituição que os jurados "às vezes ficam desapontados quando uma das novas tecnologias que eles acreditam que exista não é usada".

Além disso, os investigadores verdadeiros não conseguem ser tão precisos quanto suas contrapartes televisivas. Ao analisar uma amostra desconhecida em um aparelho com telas brilhantes e luzes piscantes, o investigador de um desses seriados pode conseguir uma resposta do tipo "batom da marca Maybelline, cor 42, lote A-439". O mesmo personagem talvez interrogue uma testemunha e declare "sabemos que a vítima estava com você pois identificamos o batom dela no seu colarinho". No mundo real, os resultados quase nunca são tão exatos, e o investigador forense provavelmente não confrontaria diretamente um suspeito. Esse desencontro entre ficção e realidade pode acarretar conseqüências bizarras. Em Knoxville, Tennessee, um policial relatou: "Estou com um homem que teve seu carro roubado. Ele viu uma fibra vermelha no banco traseiro e quer que eu descubra de onde ela veio, em que loja foi comprada e qual cartão de crédito foi usado".
Ferramentas Reais
Apesar de não terem todas as ferramentas que as equipes de CSI têm disponíveis, os cientistas forenses de fato trabalham com tecnologias avançadas que estão se tornando cada vez mais sofisticadas. Os primeiros métodos de exame de DNA no final da década de 80 exigiam amostras do tamanho de uma moeda; os métodos modernos já analisam nanogramas. O noticiário freqüentemente relata um caso antigo que foi solucionado, a exclusão de um suspeito ou uma condenação equivocada, isto é, exemplos de situações que foram revertidas com a ajuda da moderna tecnologia forense. Os bancos de dados de DNA, impressões digitais e munição de armas de fogo tornaram-se recursos importantes que podem ligar criminosos a vários crimes.

Mesmo assim, longe de operar milagres como os da televisão, muitos laboratórios se esforçam para dar conta da crescente demanda que estão enfrentando. À medida que os investigadores de polícia reconhecem as vantagens da ciência e se sentem pressionados a recolher cada vez mais provas, eles apresentam uma quantidade maior de casos para análise. Os detetives que antes coletavam umas cinco provas físicas de uma cena de crime afirmam que agora obtêm de 50 a 400. Em 1989, os laboratórios da Virgínia, por exemplo, analisavam apenas alguns poucos casos. Neste ano já foram apresentados milhares.

Naturalmente, nem todos os itens de uma cena de crime podem ou deveriam ser coletados para testes. A remota possibilidade de um objeto ser importante deveria ser avaliada diante da sobrecarga de casos pendentes. Mas é tanta a pressão social, profissional e política baseada em expectativas infundadas engendradas pela televisão, que se um policial recolher um saco cheio de bitucas de cigarro, embalagens de fast-food e outras coisas inúteis, as chances de esses itens serem programados para análise são grandes.

Além disso, todo esse trabalho terá de ser realizado, em muitos casos, por uma equipe já sobrecarregada. Por exemplo, o estado de Massachusetts tem 6,3 milhões de habitantes fora de Boston e oito analistas de DNA para toda a região (Boston tem três analistas só para a sua jurisdição). A cidade de Nova York abriga 8 milhões de pessoas e 80 analistas de DNA. Mas Massachusetts e Nova York apresentam índices de crimes violentos parecidos (469,4 e 483,3 por 100 mil, respectivamente), aqueles com mais chances de resultar em provas de DNA. Ao que parece, Massachusetts, como muitos outros estados, está com um número insuficiente de funcionários, mas reconheceu o problema e autorizou a contratação de mais analistas forenses de DNA.

Um estudo publicado pela Agência de Estatísticas Jurídicas do Departamento de Justiça revelou que, no final de 2002, mais de meio milhão de casos se acumularam nos laboratórios forenses, apesar de os testes serem concluídos em 90% dos casos ou mais dentro do prazo esperado. Para alcançar a meta de 30 dias para a realização do trabalho naquele ano, o estudo estimou que seriam necessários mais 1.900 funcionários em tempo integral. Outro estudo do Departamento de Justiça demonstrou que os 50 maiores laboratórios forenses receberam mais de 1,2 milhão de pedidos de serviço em 2002: o acúmulo de casos para esses estabelecimentos dobrara dentro do período de um ano. Além disso, esses aumentos vêm ocorrendo apesar de os índices de criminalidade estarem caindo desde 1994.

Outra conseqüência do aumento do número de provas físicas colhidas é a necessidade de guardar tudo isso por um longo período de tempo, de acordo com as leis federais, estaduais e municipais. Entre os desafios de armazenamento de provas está a aquisição de computadores e softwares e contratação de funcionários para o controle do material; equipamento para armazenar com segurança amostras biológicas, como DNA; e espaço em depósito apropriado para provas físicas. Em muitas jurisdições, provas armazenadas por um determinado período de tempo acabam sendo destruídas ou devolvidas. Armazenamento pode ser um problema crucial em casos antigos sem solução - o Projeto Inocência da Faculdade de Direito Benjamin N. Cardozo, em Nova York, descobriu que já não existem mais provas em 75% de suas investigações sobre condenações potencialmente equivocadas.

Estudo de 2003 realizado pela Sociedade Americana de Diretores de Laboratórios Criminais indicava que mais de um quarto dos laboratórios forenses dos Estados Unidos não tinham os computadores necessários para o controle das provas. Mark Dale, diretor do Instituto Regional Forense do Nordeste da Universidade de Albany e ex-diretor do Laboratório do Departamento de Polícia de Nova York, estima que 10 mil cientistas forenses a mais serão necessários na próxima década para dar conta dessa quantidade de casos. Além disso, a modernização adequada das instalações custará US$ 1,3 bilhão, e novas ferramentas exigirão um investimento superior a US$ 285 milhões.
Impacto nas Universidades
O lado bom disso tudo é que o público desenvolveu fascinação e respeito, pela ciência algo sem precedentes desde o programa espacial Apollo. As inscrições em cursos de ciência forense vêm aumentando assustadoramente nos Estados Unidos. O programa da Universidade Chaminade de Honolulu, por exemplo, passou de 15 alunos para cem em quatro anos. Na minha instituição, a Universidade da Virgínia Ocidental, o curso de ciência forense e investigativa, que em 2000 tinha quatro alunos, atualmente é o terceiro maior do campus, com mais de 500 alunos inscritos.

O crescimento de cursos que já existem e o surgimento de novos ganharam proporções tão grandes que o Instituto Nacional de Justiça e a Universidade da Virgínia Ocidental elaboraram um guia de formação e treinamento para laboratórios, instituições educacionais e alunos de ciência forense. O relatório foi usado como base para a formação de uma comissão certificadora sob a responsabilidade da Academia Americana de Ciências Forenses. Com isso, até janeiro, 11 programas já receberam certificação provisória, condicional ou total.

Mas a melhor conseqüência do interesse público pela ciência forense costuma ser o aumento de investimentos no campo da pesquisa. No passado, a maioria das pesquisas era realizada em laboratórios policiais que trabalhavam com problemas específicos, associados diretamente a casos. Mas para que as tecnologias se desenvolvessem acentuadamente, os testes precisavam ocorrer em ambiente controlado como o de laboratório acadêmico. Tais laboratórios poderiam examinar problemas que sem dúvida exigem mais pesquisas. Por exemplo, entre os desafios jurídicos atuais está o questionamento da antiga hipótese sobre a singularidade das comparações de impressões digitais, marcas de arma branca e de mordidas, estriamentos de balas e caligrafias.

À medida que cresce a confiança na ciência forense, é preciso que ela a mereça de fato: relatório recente do Instituto Nacional de Justiça do Congresso declarou que é necessária a realização de pesquisas sobre a base científica de provas de impressão, como marcas de pneu e pegadas; de padrões para a autenticação de documentos; e das análises de armas de fogo e de marcas de arma branca. O relatório recomenda que o governo federal apóie pesquisas para formalizar disciplinas de ciência forense, princípios básicos de abordagem, taxas de erro e procedimentos-padrão. Sem dúvida, mais recursos financeiros para esse tipo de pesquisa seriam benéficos: não há como não se perguntar por que os Estados Unidos investiram apenas US$ 7 milhões neste ano fiscal no Instituto Nacional de Justiça para pesquisas básicas em ciência forense, enquanto o Instituto Nacional de Saúde gastou US$ 123 milhões em medicina alternativa.

Uma das obrigações mais importantes de qualquer governo democrático para com seus cidadãos é garantir segurança pública com justiça. A ciência forense é parte integrante e primordial do processo de justiça criminal. No século XXI, laboratórios forenses bem equipados, comandados por equipes bem treinadas e em quantidade adequada são essenciais para o cumprimento dessa obrigação. A popularidade da ciência forense está no ápice, assim como o questionamento de seus métodos e potencialidades. Mesmo que não exista um efeito CSI nos tribunais, o verdadeiro efeito é a conscientização da necessidade de criar e aprimorar laboratórios criminais e pesquisas na área.

Política......


Olhem só que candidato interessante......pela revista TRIP........

10 agosto 2006

Curiosidade.......

Coincidências



Se você acha que encontrar um conhecido num restaurante, num mercado, numa praia é coincidência, então veja isto...

Abraham Lincoln foi eleito para o Congresso em 1846.
John F. Kennedy foi eleito para o Congresso em 1946.

Abraham Lincoln foi eleito presidente em 1860.
John F. Kennedy foi eleito presidente em 1960.

Os nomes Lincoln e Kennedy têm sete letras.

Ambos estavam conprometidos na defesa dos direitos civis.

As esposas de ambos perderam filhos enquanto viviam na Casa Branca.

Ambos os presidentes foram baleados numa sexta-feira.

A secretária de Lincoln chamava-se Kennedy.
A secretária de Kennedy chamava-se Lincoln.

Ambos os presidentes foram assassinados por sulistas.
Ambos os presidentes foram sucedidos por sulistas.
Ambos os sucessores chamavam-se Johnson.
Andrew Johnson, que sucedeu a Lincoln, nasceu em 1808.
Lyndon Johnson, que sucedeu a Kennedy, nasceu em 1908.

John Wilkes Booth, que assassinou Lincoln, nasceu em 1839.
Lee Harvey Oswald, que assassinou Kennedy, nasceu em 1939.
Ambos os assassinos eram conhecidos pelos seus três nomes.

Os nomes de ambos os assassinos têm quinze letras.

Booth saiu correndo de um teatro e foi apanhado num depósito.
Oswald saiu correndo de um depósito e foi apanhado num teatro.

Booth e Oswald foram assassinados antes de seu julgamento.

E a parte engraçada:

Uma semana antes de Lincoln ser morto ele estava em Monroe, Maryland.
Uma semana antes de Kennedy ser morto ele estava em Monroe, Marilyn.

Lincoln foi morto na sala Ford, do teatro Kennedy...
Kennedy foi morto num carro Ford, modelo Lincoln...

Isto sim é que são coincidências!!!!

...........autor desconhecido...........

Notícia...Meio Ambiente

Noticiado hoje em algumas midias, mais uma ação da natureza, já que os humanos teimam em destruir e não conservar o meio ambiente.....
"Uma forte ressaca que atinge a orla de Macaé, na Região dos Lagos (RJ), desde a semana passada, já provocou vários estragos na cidade e deixou os órgão municipais em alerta máximo. De acordo com o secretário municipal de Obras, Tadeu Campos, são 36 casas com alto risco e, destas, três já foram seriamente atingidas. A força da água derrubou o muro de contenção e vários postes caíram. Segundo ele, a situação se agravou mais ainda nesta terça-feira, quando 33 famílias ficaram desabrigadas na Praia da Fronteira."

09 agosto 2006

Meta.....

isso é que é massagem......rsrsrs

Amar.......Carlos Drummond de Andrade

Amar


Que pode uma criatura senão entre criaturas, amar?
Amar e esquecer?
Amar e malamar
Amar, desamar e amar
Sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
Sozinho, em rotação universal,
se não rodar também, e amar?
Amar o que o mar trás a praia,
O que ele sepulta, e o que, na brisa marinha
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amor inóspito, o áspero
Um vaso sem flor, um chão de ferro, e o peito inerte,
e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este é o nosso destino:
amor sem conta, distribuído pelas coisas
pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor
Amar a nossa mesma falta de amor,
e na secura nossa , amar a água implícita,
e o beijo tácito e a sede infinita.

Frase

"Grandes realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos"...Lao-Tzu

Noticia....sobre artigo cientifico

Lesão em DNA induzida por Tetrahidrofurano [THF]
1: Chem Res Toxicol. 2006 Jul 17;19(7):927-936. Links


2'-Deoxyguanosine, 2'-Deoxycytidine, and 2'-Deoxyadenosine Adducts Resulting from the Reaction of Tetrahydrofuran with DNA Bases.


Hermida SAS, Possari EP, Souza DB, Campos IP, Gomes OF, Di Mascio P, Medeiros MH, Loureiro AP.

Departamento de Analises Clinicas e Toxicologicas, Faculdade de Ciencias Farmaceuticas, Universidade de Sao Paulo, Avenida Prof. Lineu Prestes 580, Bloco 13 B, CEP 05508-900, Sao Paulo, Brazil, Programa de Pos-Graduacao em Engenharia de Producao, Instituto de Ciencias Exatas e Tecnologia, Universidade Paulista, Rua Dr. Bacelar 1212, CEP 04026-002, Sao Paulo, Brazil, and Departamento de Bioquimica, Instituto de Quimica, Universidade de Sao Paulo, Avenida Prof. Lineu Prestes 748, CEP 05508-900, Sao Paulo, Brazil.

A recent study showed that tetrahydrofuran (THF), a widely used solvent, is carcinogenic in experimental animals. Despite its carcinogenic activity, there is a paucity of information regarding cellular toxicity, biomolecular damage, and genotoxicity induced by THF. We describe here the structural characterization of adducts produced by the reaction of oxidized THF with 2'-deoxyguanosine (dGuo-THF 1 and dGuo-THF 2), 2'-deoxyadenosine (dAdo-THF), and 2'-deoxycytidine (dCyd-THF). Adducts were isolated from in vitro reactions by reverse-phase HPLC and fully characterized on the basis of spectroscopic measurements. The stable derivatives obtained by the reduction of adducts with NaBH(4) (the case of dGuo-THF 1, dCyd-THF, and dAdo-THF) and the stable adduct dGuo-THF 2 were used as standards for optimization of chromatographic separations for adduct detection in DNA through HPLC/ESI/MS-MS. Using this methodology, we successfully detected the four adducts in calf thymus DNA reacted with oxidized THF. The present study also provides evidence that rat liver microsomal monooxigenases oxidize THF to the reactive electrophilic compounds that are able to damage the DNA molecule, as indicated by a significant increase in adduct dGuo-THF 1 level when NADPH was added to the THF/microsomes/dGuo incubation mixtures. Our data point to DNA-THF adducts as possible contributing factors to the toxicological effects of THF exposure.

PMID: 16841961 [PubMed - as supplied by publisher]