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12 agosto 2006

Magia tailandesa...........

Matéria publicada na Galileu... Agosto de 2006.........

Existem diversas técnicas de massagem terapêutica que rejuvenescem e resgatam a saúde de qualquer criatura. Tratamentos milagrosos como o shiatsu japonês, a ayurveda indiana, a acupuntura chinesa, reich, rolfing, ioga, limpeza intestinal, pilates e outras formas de trabalhos corporais e energéticos ganharam popularidade tanto na Ásia como no Ocidente.

Estresse, fadiga, má circulação do sangue, digestão ruim, memória curta e falta de concentração arrastam multidões para a mesa ou o tapete do profissional dos dedos, cotovelos, joelhos e outras partes do corpo. A técnica aplicada pelo terapeuta é uma verdadeira arte sacerdotal. Não existe marketing agressivo nesta ciência divina. Seu toque milagroso e a entrega do paciente são fundamentais para a cura e o prazer. Músculos, nervos, tendões, chacras e meridianos de energia são conduzidos para uma fulminante restauração existencial. Na Tailândia, há milhares de anos, as pessoas aprendem e aplicam a famosa massagem local nos templos budistas. Pelas ruas de Bangcoc, Phuket e Chiang Mai, milhares de clínicas e experts oferecem seus serviços.

A fonte da massagem tailandesa e da ayurvédica brotou há mais de 2.500 anos e está localizada na Índia. O fundador desta ciência, Jivaka Kumar Bhacca, era médico e amigo de Sidharta Gautama. Sim, ele mesmo: o Buda. O iluminado Jivaka Kumar é mencionado nos cânones de Pali, as escrituras sagradas do budismo Theravada a respeito do seu precioso legado.

A base teórica da massagem tailandesa e indiana está alicerçada no princípio dos meridianos que atravessam o corpo humano. Segundo os especialistas, nossa carcaça abençoada por Buda possui 72 mil linhas de energia aquecendo nossas vidas. No caso da massagem tailandesa, a pressão visa algo mais que o relaxamento. Em vez do corpo físico, o foco é a estrutura energética da pessoa. Ativando pontos e desbloqueando os meridianos, a energia flui pelo corpo inteiro e os órgãos internos.

Na minha última viagem à Tailândia, havia decidido me submeter diariamente às técnicas dessa arte milenar. Em muitos locais, como praias e institutos meia-boca, um tipo de massagem duvidosa é oferecida. O importante é ficar ligado no ambiente e na atmosfera de erotismo que emana nesses lugares. Experimentei todas as formas e estilos - na praia, no aeroporto, no Four Season de Chiang Mai, no hotel Shangri-lá, em campos de arroz e nas quebradas de Bangcoc. Uma das mais gratificantes foi à beira-mar, na ilha de Phuket, ao sul do país. A massagista era uma senhora de mãos calejadas com 30 anos de experiência.

Sob a sombra de coqueiros, desfrutei a arte transcendental de Madame Hu. Ela imprimia uma energia divina pelo ciático e alongava meu corpo com perícia. Satori sem fronteiras. Entregue aos cotovelos, polegares e joelhos de Mama Hu, relaxei em esteira esplêndida e fui abduzido para uma fantástica meditação. Acordei babando com dezenas de passarinhos brincando ao meu redor, na brisa de final de tarde. A magia de ser massageado é que você está aprendendo e conhecendo os mínimos detalhes do seu aparelho e, ao mesmo tempo, é um profundo exercício de autoconhecimento. Preservar nosso precioso corpo humano não é nenhuma vaidade. Verdadeira panacéia para o equilíbrio total, a massagem tailandesa está à disposição de qualquer um. Sua eficiência e poder de regeneração são inquestionáveis. Depressão, perda de apetite sexual, distensões musculares e até falta de vontade de viver têm cura. Consulte um especialista e não se avexe.

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