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16 agosto 2006

Estudo indica que aquecimento pode alterar 88% dos biomas florestais

ECOLOGIA : 15/8/2006 Estudo feito no Reino Unido indica que aquecimento global médio superior a 3ºC anuais até 2100 poderá alterar 88% dos biomas florestais que ocupam mais de 5% da superfície da Terra.
Um novo estudo, feito por pesquisadores britânicos e cujos resultados serão publicado na próxima edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), reforça o que já se sabia: as grandes florestas do mundo, e principalmente a Amazônia, serão seriamente perturbadas se o aquecimento global não for contido.

Segundo a pesquisa, assinada por Marko Scholze, da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e colaboradores, um cenário extremamente grave virá à tona se a temperatura global subir mais 3ºC por ano, em média, até 2100. Os pesquisadores trabalharam modelos de vegetação e de clima com base em três aumentos: até 2º C, de 2ºC a 3ºC e mais de 3ºC.

No pior cenário, 44% dos ecossistemas que hoje são sumidouros seriam transformados em fontes de carbono. Com mais carbono na atmosfera, as conseqüências do aquecimento global serão cada vez mais potencializadas.

Dessa forma, diz o estudo, o impacto sobre a Terra, se nada for feito, estaria garantido por pelo menos mais 200 anos. Até 88% dos biomas, que ocupam juntos mais de 5% da superfície terrestre, seriam afetados. Entre eles estaria a totalidade das florestas de altas latitudes do hemisfério Norte.

Ainda no intervalo de maior aumento da temperatura, a transformação global poderia ser ainda maior. No caso dos biomas que ocupam mais de 10% do planeta, 13% dessa área seria transformada. Está nessa lista boa parte das grandes florestas tropicais do mundo. Além da região amazônica, os ecossistemas asiáticos também seriam diminuídos.

O artigo A climate-change risk analysis for world ecosystems poderá ser lido por assinantes, depois de publicado, no endereço www.pnas.org.

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