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18 maio 2007

Quando tudo falha

Uma matéria que saiu essa semana na Revista Época é preocupante pois, trata de um assunto que principalmente nós brasileiros costumamos fazer, tomar medicação sem prescrição médica.....

Pacientes com câncer terminal estão comprando pela internet uma droga que ainda não foi testada em humanos. Mas esse risco não vale a pena!!!

Lawrence Burgh tem uma visão realista da vida. Médico, de 48 anos, dedicou-se ao longo de sua carreira ao tratamento de pacientes graves. Burgh recebeu o diagnóstico de câncer em dezembro de 2006. Apesar de sua experiência clínica, tomou uma decisão inusitada para tentar se livrar da doença. Uma decisão que muitos considerariam uma heresia médica. Burgh (pseudônimo) está entre um número cada vez maior de pacientes que se medicam com um composto químico simples de laboratório que nunca foi testado contra o câncer em seres humanos. A maioria dos pacientes compra o composto pela internet e troca experiências em salas de bate-papo.

A droga, conhecida como DCA (ou ácido dicloroacético), é um composto comum, que não pode ser patenteado. Ela se mostrou um agente promissor de combate ao câncer em testes iniciais em ratos. É possível que em seres humanos provoque efeitos colaterais que possam prejudicar ainda mais os pacientes. Os cientistas que investigam o potencial do DCA temem que mortes ou danos causados pelo uso sem regulamentação afetem seu trabalho e o bem-estar dos pacientes.

A equipe de Evangelos Michelakis, do Departamento de Medicina da Universidade de Alberta, em Edmonton, no Canadá, mostrou que a substância faz alguns tumores regredir em ratos. Ela atinge um mecanismo metabólico celular até então desconhecido.

Uma das características das células cancerígenas é a produção de energia por meio da quebra de glicose no citoplasma. E não na mitocôndria, que fica bloqueada. Até recentemente essa mudança era tida como um sintoma do câncer, e não como alguma coisa com maiores conseqüências. O DCA parece fazer com que as mitocôndrias voltem a funcionar e, ao fazer isso, restabelece sua capacidade de reconhecer a célula como anormal e fazer com que ela se autodestrua. Quando Michelakis testou o DCA em células cancerígenas em cultura, elas morreram. Quando deu DCA a ratos com tumores humanos, os tumores encolheram.

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