Pesquisa personalizada

28 julho 2010

Neurocientista brasileiro ganha prestigioso prêmio nos EUA...

O médico brasileiro Miguel Nicolelis foi anunciado como ganhador do prêmio do Instituto Nacional de Saúde para pesquisas pioneiras. Ele vai receber US$ 2,5 milhões (o equivalente a R$ 4,5 milhões) em financiamento para expandir seus estudos do cérebro humano, segundo um comunicado da Universidade Duke, onde ele trabalha, nos Estados Unidos. Ele é o primeiro cientista brasileiro a ganhar o prêmio, que é o mais prestigioso oferecido pelo governo dos Estados Unidos para pesquisadores da área. O médico paulista é professor de neurobiologia, engenharia biomédica e ciências psicológicas e do cérebro no Centro para a Neuroengenharia da Universidade Duke. Ele é responsável por uma nova técnica que pode dar grandes esperanças aos pacientes vitimados pelo mal de Parkinson. O estudo, feito com camundongos, ganhou a capa de uma edição do periódico científico “Science”.
O Prêmio Pioneer do Instituto Nacional de Saúde é oferecido como reconhecimento a cientistas com “criatividade excepcional que propõem pesquisas biomédicas e de comportamento altamente inovadoras e com potencial de produzir um grande impacto em problemas importantes”, segundo o comunicado oficial da universidade. Além de Nicolelis, outros 81 pesquisadores já receberam o prêmio desde que ele teve início em 2004. Segundo a universidade Duke, Nicolelis deve usar o prêmio para avançar no desenvolvimento da investigação de princípios básicos de neurofisiologia que permitem circuitos neurais no cérebro a gerar comportamentos sensoriais, motores e cognitivos.

(Fonte: G1)

23 julho 2010

Molécula presente em maçã e cebola pode aperfeiçoar tratamento da leucemia...

Uma molécula com propriedades antioxidantes naturais, a quercetina, pode ser empregada como complemento de medicamentos utilizados nos tratamentos contra a leucemia, intensificando seus efeitos, anunciou nesta quinta-feira (22) o Conselho Nacional de Pesquisa italiano (CNR). “A molécula é capaz de bloquear o processo de transformação de uma célula normal em um tumor, ou de inverter se ele já estiver em curso”, explicou Gian Luigi Russo, pesquisador responsável pelo estudo, citado no comunicado do CNR sobre estas pesquisas do Instituto de Ciências da Alimentação de Avellino (sul da Itália).
A quercetina é uma molécula antioxidante natural, normalmente presente em alimentos como as alcaparras, a maçã, o vinho tinto, o chá verde, a cebola e o aipo. “É um grupo de moléculas de origem vegetal com uma atividade quimio-preventiva. Pela primeira vez, demonstramos que a quercetina é eficaz contra as células tumorosas de pacientes que sofrem de leucemia linfoide crônica”, disse Russo. “A molécula é bem tolerada, mesmo em doses elevadas”, explicou o pesquisador, que, no entanto, fez um alerta: “Doses massivas de antioxidantes, incluindo a quercetina, absorvidas livremente sob a forma de suplementos dietéticos por pessoas saudáveis e sem controle médico, podem se tornar perigosas para a saúde”.
A leucemia linfoide crônica, que atinge em média de uma a seis pessoas em 100.000, é a forma mais frequente de leucemia entre adultos.

(Fonte: Folha.com)

20 julho 2010

USP vai criar laboratório para produzir dente vivo usando células-tronco...

A fada do dente, famosa por recolher os dentes de leite debaixo do travesseiro das crianças, pode estar com os dias contados no imaginário infantil. Cientistas brasileiros e britânicos querem usar a polpa desses dentes para remendar a dentição danificada ou até recriá-la. Estão apostando na ideia a USP e a instituição britânica King’s College. A universidade paulista deve criar, em 2011, um laboratório de células-tronco dentárias na sua Faculdade de Odontologia. A obra custará em torno de R$ 200 mil e deve ficar pronta em meados de 2011. Parte dos equipamentos será financiada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
O laboratório deve abrigar, no futuro, um banco de células-tronco dentárias. Será o primeiro do Brasil e fornecerá células que poderão ser usadas por profissionais de saúde e por pesquisadores.
Ética - A primeira vantagem de usar células-tronco de dente de leite para pesquisa é o acesso fácil. Humanos têm 20 dentes de leite na infância, os quais caem naturalmente. Também não há, em relação a elas, os grandes debates éticos que cercam as versáteis, embora polêmicas, células-tronco embrionárias. “Além disso, as células dos dentes de leite parecem crescer mais rápido que as de dentes permanentes e podem se diferenciar [se especializar] em células formadoras de dentes, neurônios, de gordura e até de outros tecidos do corpo”, conta Andrea Mantesso, dentista da USP e do King’s College que coordena o projeto.
A instalação servirá também para treinar pesquisadores no cultivo, preservação e caracterização de células-tronco dentárias. Mantesso já está envolvida com formação de cientistas nessa área na USP e no King’s College, de Londres. As instituições hoje realizam cinco projetos em células-tronco dentárias em parceria. “No próximo ano, começaremos a enviar alunos da USP para Londres. Nossa intenção é estreitar laços”, diz.
Os trabalhos realizados em conjunto vão desde transplante de tecido embrionário que dá origem à mandíbula no rim de camundongos até o estudo de genes relacionados a células-tronco dentais.
Para quando? – Para a especialista, ainda é cedo para se falar em prazo, mas há quem acredite que em 15 anos a técnica já estará disponível. “A pesquisa nessa área está se disseminando, e um maior numero de pesquisadores envolvidos pode trazer respostas mais rápidas”, conclui.

(Fonte: Sabine Righetti/ Folha.com)

09 julho 2010

Telas LCD recicladas combatem infecções bacterianas em hospitais...

As telas de cristal líquido (LCD: Liquid Crystal Display) já representam um dos principais componentes do lixo eletrônico, que cresce a cada ano e cujo crescimento futuro aponta para taxas cada vez maiores. Em 2009, cientistas ingleses deram um novo alento para esse e-lixo, até então de reciclagem extremamente problemática, ao descobrir como reciclar as telas de LCD para produzir material médico. A equipe do Dr. Andrew Hunt, da Universidade de Iorque, desenvolveu então um método de recuperar o álcool polivinílico (PVA: PolyVinyl-Alcohol) das telas LCD e transformá-lo em uma substância compatível com o corpo humano.
Essa substância é ideal para a criação de suportes de tecidos que ajudam o corpo a se regenerar no caso de ferimentos e cirurgias, mas também pode ser usado para encapsulamento de medicamentos para serem tomados por via oral.
LCD antibacteriano – Agora os pesquisadores deram um passo adicional e descobriram como usar o mesmo material para prevenir e combater infecções bacterianas hospitalares.
A técnica parte do PVA e resulta em uma substância antimicrobiana que destrói colônias de Escherichia coli e algumas cepas de Staphylococcus aureus.Depois de separado das telas de LCD descartadas, o PVA é desidratado com etanol, gerando um material mesoporoso com uma área superficial muito grande. A seguir, o material recebe nanopartículas de prata, acrescentando-lhe a propriedade antimicrobiana.
Nanopartículas de prata – O próximo passo da pesquisa será comparar o rendimento do novo material com produtos comerciais para determinar sua eficácia relativa, assim como obter a aprovação das agências governamentais, tendo em vista sobretudo a avaliação da segurança das nanopartículas de prata para a saúde humana. Ainda que não supere largamente a concorrência, a técnica é altamente promissora por partir de uma matéria-prima reciclada, que agrega um valor ambiental pela sua simples utilização.
“A influência dos LCDs na sociedade moderna é dramática – estima-se que 2,5 bilhões dessas telas estejam aproximando-se do fim de sua vida útil. Mas nós podemos agregar um valor significativo a esse lixo eletrônico,” diz o Dr. Hunt.

(Fonte: Site Inovação Tecnológica)

05 julho 2010

Queda de cabelo pode estar ligada a ataque de células do sistema imune...

Uma doença na qual pessoas perdem cabelo pode ser desencadeada por ataques de células do sistema imune contra folículos capilares. A descoberta é o resultado de um grande estudo em que genomas de mais de 1.000 indivíduos com alopecia areata foram comparados a genomas de pessoas sem as doenças. Angela Christiano e sua equipe da Universidade Columbia, em Nova York, descobriram 18 genes associados a alopecia areata. Como seria esperado de uma doença autoimune, na qual o sistema imune se volta contra tecidos sadios do próprio organismo, todos os genes encontrados participam do controle de crescimento e multiplicação de células do sistema imunológico. A ligação mais forte foi com um gene chamado ULBP. Ele codifica uma proteína que é um poderoso ativador de células NK (“Natural Killers”, “assassinas natas” na tradução do inglês). Quando ativadas, as células NK atacam vírus e outros patógenos.
A equipe também encontrou quantidades maiores da proteína em tecidos de folículos capilares de pessoas com alopecia areata do que em amostras de pessoas sem a doença, fornecendo prova adicional do seu envolvimento na doença. O grupo espera que as descobertas abram novos caminhos para o tratamento da doença. “Este é um grande avanço”, diz Rod Sinclair, dermatologista da Universidade de Melbourne, na Austrália. “Após décadas de pouco progresso, esse trabalho anuncia uma nova era de descobertas. Agora podemos testar o papel desses genes um por um no desenvolvimento da doença.” O estudo foi publicado na prestigiosa revista científica “Nature”.

(Fonte: Folha.com)

02 julho 2010

Cientistas identificam sinais genéticos da longevidade...

Cientistas identificaram um conjunto de variações genéticas que permitem prever com 77% de sucesso se uma pessoa tem chances de viver mais de 100 anos, segundo estudos publicados esta quinta-feira (1).
Depois de analisar o genoma de mais de mil pessoas com cem anos ou mais, médicos e estatísticos descobriram 150 características genéticas particularmente frequentes nas pessoas que têm uma longevidade excepcional em comparação com o resto da população.
Os centenários são um exemplo ideal de envelhecimento, pois desenvolvem doenças relacionadas com a idade, como câncer, problemas cardiovasculares e demência muito depois dos 90 anos, destacaram os autores da pesquisa, publicada na revista “Science”.
A equipe de cientistas conseguiu isolar 19 características genéticas específicas relacionadas à longevidade excepcional que caracterizam 90% dos centenários examinados.

(Fonte: G1)