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28 setembro 2009

Jardinagem pode servir como terapia para moradores de apartamentos...

Para muita gente, cuidar da jardinagem é sinônimo de qualidade de vida. O hábito acaba tão incorporado ao estilo de vida que pode ser desenvolvido mesmo quando o espaço em casa é pequeno ou se mora em apartamento. O arquiteto Fernando Melo projetou seu apartamento com espaço para as plantas. Ele cuida de tudo pessoalmente. “Há uma necessidade muito grande de ter verde em casa. Quando a gente sente que vem a brisa, dá pra perceber que há vida na própria planta. Ela faz o movimento de acordo com o vento que está batendo”, disse. “A gente pode considerar que é uma terapia. Ficamos procurando algumas pragas, folhas secas, se está bem adubado, se a terra tá úmida. Sem ter estes cuidados, não vai ter beleza”, afirma. Zilá da Fonseca Oliveira planta hortaliças na cobertura de seu apartamento. Nos canteiros suspensos, ao invés de flores, ela cultiva couve e cebolinha. “Para mim é uma alegria plantar, mexer com a terra. E eu planto e fica bonito”, diz a dona de casa. Para a salada, ela planta pimentão. O pé de hortelã fica verdinho o ano todo. Ela aproveita tudo para cozinhar. “Faço quibe, tempero carne de porco e suco de abacaxi. Fica uma delícia.”, afirma Zilá. Além da vantagem de ter verduras sempre às mãos para uma alimentação saudável, o cultivo de hortas em apartamentos é também uma terapia. “Gosto muito de mexer na terra, plantar. É a hora que eu fico mais calma. Eu acho que vale a pena plantar um pé de couve”, diz. Joana D’arc Ribeiro transformou a área de serviço do apartamento com o passatempo da jardinagem. O local, que mais parece um terreiro de fazenda, é onde ela passa a maior parte do dia. Alem das plantas, ela tem um viveiro onde cria pássaros, todos com registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Nos vasos, ela cultiva pimenta e frutas como romã. Ela também tem um pé de acerola e gosta de cultivar ervas. O manjericão ela usa para temperar o molho de macarrão. A arruda serve para espantar o mau olhado. O alecrim, ela também usa na cozinha. “Uso em carne de frango, carne de porco, peru... é muito bom!”, diz Joana.
Dicas - O paisagista Lúcio Costa dá dicas das plantas mais apropriadas para cada tipo de lar. As árvores frutíferas são indicadas para apartamentos. “Plantamos em vasos a uva, pitanga, acerola, carambola, laranjinha e limão galego”, conta o paisagista. Quanto às ervas e hortaliças, ele aconselha: “o que a planta mais exige é luz e sol. Ela precisa ficar no mínimo quatros horas no sol, preferencialmente o da manhã”. Para plantar, escolha um vaso mais aberto e coloque bolinhas de cerâmicas. Elas podem ser substituídas por pedaços de telha. Coloque por cima uma manta, para filtrar a água. Misture composto de terra com areia, esterco e adubo orgânico. Depois, é só tirar a muda da embalagem e plantar. Se a raiz estiver enrolada, deve ser aparada, se não a planta não desenvolve. Aperte bem e regue. “Planta precisa de água regularmente."
(Fonte: G1)

Nossas nascentes ameaçadas???

Por trás da aparência ressecada dos meses de inverno, quando a umidade do ar cai a níveis alarmantes em algumas regiões, o Cerrado esconde uma identidade secreta: o bioma é um gigantesco coletor e distribuidor nacional de água, crucial para o abastecimento das regiões Centro-Sul, Nordeste, do Pantanal e até partes da Amazônia. Um serviço ecológico gratuito que corre o risco de ser racionado por causa do desmatamento. Das 12 bacias hidrográficas do País, 8 estão inseridas no Cerrado. A localização central do bioma, combinada com sua elevação topográfica e alta concentração de nascentes, faz com que ele funcione como uma caixa d’água. Cerca de 94% da água que corre na Bacia do Rio São Francisco em direção ao Nordeste brota no Cerrado - apesar de apenas 47% da bacia estar dentro do bioma, segundo cálculos da Embrapa. No caso do sistema Araguaia-Tocantins, que corre para o Norte e vai desaguar no Pará, 71% da água da bacia nasce no Cerrado. A proporção é a mesma para o conjunto das Bacias do Paraguai e do Paraná, que drenam grandes áreas do Centro-Sul. "O rio é só o encanamento superficial pelo qual a água corre", diz o pesquisador Felipe Ribeiro, da Embrapa. "Mas onde a água nasce é no Cerrado. As besteiras que a gente fizer aqui em cima vão repercutir rio abaixo.
"E as besteiras já estão em curso. Estudos realizados pelo pesquisador Marcos Costa, da Universidade Federal de Viçosa, mostram que o desmatamento nas cabeceiras do sistema Araguaia-Tocantins aumentou a descarga dos rios em 25%, apesar de não ter havido mudanças nos índices pluviométricos da bacia. Ou seja: a quantidade de água nos rios aumentou, apesar de a chuva ter continuado igual.Mais água, nesse caso, é má notícia. O problema é que o solo coberto por pastagens e lavouras absorve menos água do que o solo com vegetação nativa. Consequentemente, mais água escorre para os rios e é levada para fora do Cerrado, diminuindo a quantidade de umidade que fica disponível para os ecossistemas locais e a própria agricultura - além de aumentar o risco de enchentes para as comunidades que vivem rio abaixo. Segundo Costa, se o desmatamento continuar, é provável que os níveis de precipitação no bioma também sejam afetados. "Acho que estamos próximos do limite em termos climáticos."
"O problema mais sério que vamos ter daqui dez anos é com a irrigação", diz o pesquisador Hilton Silveira Pinto, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp. O Pantanal também está de olho no problema. Praticamente todos os rios que deságuam no bioma nascem no Cerrado. "A sobrevivência do Pantanal depende diretamente da conservação do Cerrado", diz o ecólogo Leandro Baumgarten, da ONG The Nature Conservancy.
(Fonte: Herton Escobar/ Estadão Online)

09 setembro 2009

Diferença entre Diet e Light e diabéticos....

Um estudo feito na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, com 120 pacientes com diabetes tipo 2 indica que, apesar de consumir produtos diet e light com frequência, mais da metade não sabe a diferença entre os dois tipos de produtos, não tem o hábito de ler o rótulo desses alimentos e também não controla a quantidade ingerida.
Entre os pacientes entrevistados (60 homens e 60 mulheres), todos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a média de idade era de 63 anos e 83,3% tinham sobrepeso ou obesidade.
Os dados foram obtidos por meio de um questionário envolvendo variáveis sociodemográficas, hábitos de vida, história da doença e consumo de produtos dietéticos e adoçantes. A amostra foi composta principalmente por indivíduos com baixa escolaridade. A nutricionista Paula Barbosa de Oliveira, autora do estudo feito como dissertação de mestrado defendida no Programa Saúde na Comunidade, da USP, com orientação do professor Laércio Joel Franco, alerta que o consumo excessivo desses produtos pode interferir no controle glicêmico e trazer prejuízos para a saúde dos pacientes. Os alimentos diet são isentos de certos nutrientes encontrados no produto convencional, como açúcar, sódio ou gordura, e são elaborados para pessoas com exigências específicas, enquanto o light apresenta uma redução de, no mínimo, 25% do valor energético total ou de algum nutriente presente no produto convencional. “O estudo conclui que informações sobre o uso adequado de adoçantes e produtos dietéticos é uma necessidade nas atividades assistenciais aos pacientes com diabetes, nos diversos níveis do SUS”, disse Paula à Agência FAPESP.
Como os indivíduos com diabetes precisam restringir a ingestão de açúcar, segundo ela o uso desses produtos pode suprir o desejo pelo sabor doce sem alterar a glicemia. “O uso consciente e adequado desses produtos pode restringir o uso de açúcar, facilitar a adesão ao tratamento e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Verificamos, por exemplo, que apenas 41% dos pacientes têm o hábito de ler os rótulos dos produtos”, disse. O trabalho indicou ainda que, embora não tenham sido observadas diferenças significativas entre homens e mulheres com relação à ingestão de produtos diet e light, os idosos consomem menos açúcares quando comparados com os adultos.
“Em resumo, apesar de usar menos açúcar, os idosos são os maiores consumidores de adoçantes entre todas as faixas etárias, enquanto as mulheres usam mais o adoçante fora de casa e se dizem mais preocupadas com a quantidade utilizada do que os homens”, disse Paula. A nutricionista destaca que para obter um bom controle metabólico a educação alimentar é um dos pontos fundamentais no tratamento do diabetes, que atualmente apresenta impacto considerável como problema de saúde pública, pela morbidade, mortalidade e altos custos de seu tratamento. Segundo ela, o uso de adoçantes e alimentos dietéticos é importante para as pessoas com diabetes, apesar de serem dispensáveis na alimentação. “Esse setor tem crescido muito nos últimos anos e, atualmente, 35% dos lares brasileiros consomem algum tipo de produto light ou diet, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos”, disse. “As estimativas são de que o número de pessoas com diabetes do tipo 2 no mundo passará dos cerca de 135 milhões, em 1995, para 300 milhões em 2025”, apontou.
(Fonte: Thiago Romero/ Agência Fapesp)

08 setembro 2009

Descoberto o lugar mais limpo e calmo da Terra

Os cientistas australianos não estão preocupados com higiene ou com algum lugar perfeito para tirar umas férias. O que eles estão procurando é o lugar ideal para instalar uma nova geração de telescópios terrestres capazes de capturar imagens com um mínimo de interferência e até de rivalizar com os telescópios espaciais.
Para isso, eles precisam de um lugar que seja de fato calmo, sem muitos ventos, seco e não muito quente. Se o piscar das estrelas tem o seu valor para os poetas, esse efeito, que é induzido pela turbulência atmosférica, é um desastre para os astrônomos, borrando as imagens captadas pelos telescópios. Daí a necessidade de encontrar um local com um mínimo de turbulência atmosférica.
Utilizando dados de satélites artificiais, estações em terra e modelos climáticos, a equipe da Universidade de Nova Gales do Sul finalmente encontrou o "paraíso na Terra" para os Astrônomos.
O local é conhecido como Ridge A e está localizado no Planalto Antártico, quase no meio do continente gelado, a 4.053 metros de altitude. Um lugar que tem tudo para merecer o título de paraíso perdido: ele não é apenas um tanto remoto, mas particularmente frio e seco. O local que, pelo que se saiba, nunca foi visitado por um ser humano, tem temperaturas médias anuais de -70°C e é tão seco que o conteúdo de água de toda a atmosfera acima dele tem a espessura menor do que a de um fio de cabelo humano. E, ao contrário da imagem tradicional que se tem da Antártica, o local está sujeito a pouquíssimos ventos.
"As imagens astronômicas captadas do Ridge A deverão ser no mínimo três vezes mais precisas do que as feitas nos melhores pontos astronômicos utilizados hoje. Como o céu lá é muito escuro e seco, isto significa que um telescópio de tamanho modesto será tão poderoso quando o maior dos telescópios colocado em qualquer outro lugar da Terra," diz o Dr. Will Saunders, que liderou a busca pelo paraíso dos astrônomos. Segundo o estudo, o melhor lugar para a instalação de um telescópio não é o ponto mais alto do planalto, chamado Domo A, mas um local a 150 quilômetros de distância, onde praticamente não há ventos e nem nevascas.
O local está dentro do chamado Território Antártico Australiano e a 144 quilômetros de distância do observatório robotizado internacional Plato e de um telescópio proposto pela China, conhecido como Kunlun.
(Fonte: Site Inovação Tecnológica)

01 setembro 2009

Sono???? Quem dorme bem em SP???

Os moradores de São Paulo se queixam cada vez mais de problemas para dormir. É o que mostra uma pesquisa feita pelo Instituto do Sono, ligado à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), com 1.042 pessoas entre 20 e 80 anos. A pesquisa foi realizada em 2007 e agora seus dados estão sendo tabulados e enviados para publicação em revistas científicas. Além de aplicar questionários para colher as queixas dos entrevistados, foram realizados exames de polissonografia, a principal forma de diagnosticar distúrbios do sono.
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Dificuldade para dormir e para manter o sono, ronco, bruxismo, sonambulismo e pesadelos foram alguns dos problemas relatados. Apesar de não ser possível saber se o aumento na frequência de queixas corresponde a um crescimento na ocorrência dos distúrbios propriamente ditos -já que em 1987 e 1995 não foram feitos exames diagnósticos -, a tendência é que haja, sim, um crescimento desses problemas. "A queixa do paciente é um parâmetro relevante para determinar o diagnóstico dos distúrbios, apesar de não ser o único", afirma o biólogo Rogério Santos Silva, autor da pesquisa. Segundo ele, o alto índice de estresse pode ajudar a explicar o aumento das queixas. "Vários desses problemas, como insônia, pesadelos e sonambulismo, têm relação com o estresse. A pesquisa foi feita numa grande metrópole, com altos índices de violência, e as pessoas estão cada vez mais estressadas. "O excesso de peso também contribui. No levantamento, 60% da população apresentou sobrepeso ou obesidade. Ronco e apneia são mais frequentes em pessoas que estão acima do peso, como mostra a própria pesquisa: os entrevistados com sobrepeso tiveram 2,6 vezes mais chance de ter apneia do que aqueles que estavam com peso adequado. Nos obesos, o risco aumentou 10,5 vezes.
"O problema é preocupante porque a pessoa fica com o sono descontinuado e, mesmo que durma um bom número de horas, acorda cansada. Isso afeta a capacidade de se concentrar, de memorização, de raciocínio. Cai a performance no trabalho e a qualidade de vida em geral", enumera o pneumologista e especialista em sono Maurício Bagnato, do laboratório do sono do Hospital Sírio-Libanês.
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Apesar de muitas vezes o excesso de peso ser o responsável por isso, nesse caso a relação foi observada independentemente da obesidade, diz a pneumologista e especialista em sono Sônia Togeiro, também autora do estudo. "A relação com a hipertensão está bem documentada, mas poucos estudos mostram a ligação com o diabetes."

(Fonte: Flávia Montovani/ Folha Online)