Pesquisa personalizada

25 março 2007

Sonambulismo sexual" intriga cientistas

LONDRES (Reuters) -
Pesquisadores tentam entender um raro distúrbio que faz as vítimas procurarem sexo enquanto estão dormindo, disse a revista New Scientist na quarta-feira.As pesquisas sobre esse "sonambulismo sexual" são dificultadas pelo fato de os pacientes, por constrangimento, não o relatarem, e os médicos tampouco terem o hábito de perguntar a respeito.Por enquanto não há cura para o distúrbio, que muitas vezes leva a dificuldades nos relacionamentos."Realmente me incomoda que eu não possa controlar isso", disse Lisa Mahoney à revista. "Assusta, porque não acho que tenha algo a ver com o parceiro. Não quero que esse problema idiota nos prejudique em longo prazo."
A maioria dos pesquisadores considera o caso uma variação do sonambulismo, embora os "sexonâmbulos" tendam a ficar na cama, ao invés de saírem andando.O sonambulismo atinge de 2 a 4 por cento dos adultos, enquanto o "sonambulismo sexual" supostamente não é tão comum, segundo Nik Trajanovic, pesquisador da clínica de sono e vigília do Hospital Western, de Toronto.
Mas uma pesquisa realizada em 2005 pela Internet junto a 219 pacientes concluiu que o problema é mais difundido do que os relatórios médicos fazem supor."A maior parte das vezes o sexo adormecido acontece entre pessoas que já são parceiras", disse Mark Pressman, especialista em sono do Hospital Lankenan, de Wynnewood, Pensilvânia, à New Scientist."Às vezes (os cônjuges dos pacientes) odeiam, às vezes toleram.
Em raras ocasiões você tem histórias de gente que gosta mais do que do sexo acordado", acrescentou.Como não há cura, a atenção a fatores desencadeadores -- como estresse ou privação do sono -- pode ajudar.
O psicólogo Michael Mangan, da Universidade de New Hampshire (EUA), criou um site para ajudar os pacientes -- www.sleepsex.org.
Já Trajanovic está desenvolvendo um procedimento para diagnosticar o "sonambulismo sexual" em processos judiciais nos quais o paciente é acusado de violação sexual.
(Por John Sinnott)

http://estilo.uol.com.br

Comunicação por meio de chips implantados no corpo

Comunicação por meio de chips implantados no corpo do usuário, identificador de pessoas na multidão, controle remoto para ajustar a casa de acordo com os gostos do morador. Assim será o seu celular.....

Eis um dia típico de um jovem profissional, daqui a 20 anos. De manhã, ele tem uma reunião de trabalho. Enquanto é apresentado às pessoas, uma câmera acoplada a seus óculos as fotografa e envia as imagens para uma central. Em segundos, ele passa a escutar, por um chip próximo ao ouvido, as informações sobre aqueles profissionais e as empresas para as quais trabalham.
Mais tarde, de volta do trabalho, atrasado para o jogo de futebol, ele não lembra onde pôs as chuteiras. Então ergue o pulso e ordena a um chip embutido na pele: "Encontre minhas chuteiras vermelhas". Em seguida, um sinal é emitido a todos os objetos da casa até que a chuteira emite um som.
No fim da noite, ele volta para casa exausto e faminto. Automaticamente, o computador central da casa informa à cozinha que, naquele horário, ele prefere peixe a carne. A banheira já o espera, há alguns minutos, com água na sua temperatura preferida.
O ar-condicionado já deixou seu quarto na temperatura ideal, e o televisor é ligado no canal de esportes. Tudo isso feito por um único aparelhinho: o telefone celular. Ou melhor, sua evolução.
Num futuro muito próximo, essa coisa que conhecemos hoje como celular vai permear todas as atividades do dia-a-dia. Eu disse atividades? O celular deve permear a nós próprios.
Quem quiser a versão do equipamento apenas para falar poderá tê-lo implantado sob a pele. Essa possibilidade é uma das aplicações esperadas pelos especialistas em segurança, que usariam o aparelho como um radar permanente de localização.
Mas quem vai querer um aparelho que só fala? Dentro dos laboratórios de tecnologias do futuro da IBM, os primeiros testes de ambientes e objetos com inteligência já acontecem.

http://revistagalileu.globo.com

Muito além da feijoada

Nova tecnologia permite obter energia elétrica a partir de dejetos suínos.....

Sempre associados a sujeira e falta de higiene, os porcos podem ser agora a mais nova fonte de energia alternativa, limpa e renovável. É que um grupo de cientistas do Centro de Pesquisas em Energias Alternativas e Renováveis (CPEAR), da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), acaba de desenvolver um novo processo que permite obter energia elétrica a partir de dejetos suínos sem liberação de gases poluentes. Além de oferecer uma opção a mais de acesso à energia, a técnica ajudará a reduzir a poluição de solos e mananciais, um problema cada vez mais grave no Sul do Brasil, onde a suinocultura é uma das principais atividades em pequenas e médias propriedades rurais.
O engenheiro João Luiz Alkaim, coordenador do CPEAR, conta que a geração de energia a partir de agentes poluentes já é realizada há muito tempo, por meio da combustão do gás metano liberado pelo lixo orgânico em decomposição. “A novidade é que agora não há queima”, explica. “O sistema extrai gás hidrogênio do dejeto suíno e, a partir desse hidrogênio, é possível construir uma célula combustível, espécie de bateria altamente eficiente.”
O Biogás-H, como é chamado o sistema, funciona em três etapas. Primeiro, os dejetos são lançados em um biodigestor anaeróbico, que decompõe a matéria orgânica digerível por bactérias e a transforma em biogás. O efluente que sobra desse processo pode ser usado para fins agrícolas, como adubo. A segunda etapa é a de limpeza do biogás. Dali sai o gás metano puro, que vai para um reformador, misturado a vapor d’água.
O reformador é o equipamento que extrai o gás hidrogênio, que poderá, finalmente, ser injetado em uma célula combustível. A célula combustível é capaz de gerar eletricidade a partir de uma reação química, usando como reagentes apenas hidrogênio e oxigênio. “Por ser muito eficiente e não emitir substâncias poluentes, será a fonte de energia do futuro”, prevê Alkaim.
Como subproduto, a célula gera água pura, que, misturada a sais minerais, se torna potável. Estaria aí a solução para um sério problema enfrentado em Santa Catarina. O estado detém o maior rebanho de porcos do país, com aproximadamente 4,5 milhões de cabeças (17% da população nacional de suínos).
Esse número parece ainda maior se correlacionado à pequena extensão territorial do estado, que ocupa apenas 1,12% do território brasileiro. Mas os órgãos ambientais consideram a suinocultura uma atividade potencialmente causadora de degradação do meio ambiente, por causa dos dejetos produzidos pelos animais.
O crescimento acelerado da atividade trouxe consigo a produção de grande quantidade de matéria fecal, que, por falta de tratamento adequado, se transformou na maior fonte poluidora dos mananciais de água nas áreas onde é praticada. Foi daí que surgiu a idéia de utilizar o dejeto suíno na produção de energia. “Além de reduzir a poluição, é possível, com o rebanho que temos, abastecer pequenas cidades com energia proveniente de células combustíveis”, diz o engenheiro.
Alkaim conta que a energia gerada pelos dejetos produzidos por um rebanho de mil suínos foi estipulada em 2,5 kW (quilowatts) por hora, em média – o suficiente para atender à demanda de uma escola ou três casas.
Ele conta ainda que o mesmo processo pode ser realizado com dejetos de outros animais. O projeto, que conta com a parceria da Eletrosul e da iniciativa privada, deve colocar o primeiro protótipo em funcionamento ainda neste semestre. “Em breve, será possível a produção em larga escala”, diz.
Célio Yano
Especial para Ciência Hoje On-line/ PR
19/03/2007
http://cienciahoje.uol.com.br

14 março 2007

Terapias que dão qualidade de vida

por Ana Holanda

Terapia Craniossacral - nervos sob controle
Por meio de toques na cabeça e na coluna, a terapia craniossacral promete regular o funcionamento do sistema nervoso e, por tabela, aumentar a imunidade e acabar com dores agudas e crônicas, além de dificuldades de aprendizado, exaustão física, ansiedade e stress. Tanta coisa assim, porque melhora o fluxo do liquor, "líquido que circula entre o cérebro e a medula espinhal e tem como principal função nutrir o sistema nervoso, além de varrer as toxinas", esclarece Aziza Noguchi, de São Paulo, que introduziu a terapia no Brasil. Você fica deitada no maior conforto, com a cabeça apoiada em almofadas, enquanto o terapeuta detecta as áreas que podem estar dificultando a circulação do liquor e pressiona os pontos-chave com os dedos ou a palma das mãos. Como os toques são suaves, não doem nada; pelo contrário, o efeito é relaxante. É indicada a pessoas de qualquer idade - até para recém-nascidos. Só quem teve aneurisma, hemorragia intracraniana e acidente vascular cerebral recentes deve evitar algumas manobras, que alteram a pressão no crânio. A sessão leva de uma hora a uma hora e meia, e os resultados podem ser sentidos logo na primeira sessão. "A duração de um tratamento varia conforme o caso, mas o ideal é fazer uma série de no mínimo dez sessões", esclarece Aziza.
Watsu - relax total
O nome é uma forma abreviada de water shiatsu (shiatsu na água, em inglês). A técnica pode ser descrita como uma massagem (shiatsu) feita com toques suaves dos dedos, associada a alongamento. Ou ainda como uma acupuntura sem agulhas, já que os pontos estimulados são os mesmos. Tudo isso enquanto você flutua gostosamente, amparada pelo terapeuta, numa piscina aquecida a cerca de 35 graus Celsius. "A sensação é mais ou menos a que um bebê experimenta dentro do útero", diz a fisioterapeuta Fernanda Zornoff, da Takeda, escola de natação, hidroterapia e watsu, em São Paulo. Assim, não é de admirar que o watsu - criado pelo americano Harold Dull, na década de 80 - ajude a reduzir o stress e a ansiedade e seja indicado como coadjuvante nos tratamentos de depressão e de problemas articulares e do sistema nervoso. Sem falar nos efeitos terapêuticos da água quente, que aumenta a dilatação dos vasos e reduz a tensão dos músculos. Uma sessão de uma hora já é suficiente para você sair inteiramente relaxada sem ter feito absolutamente nada, a não ser se deixar embalar pela água - é o terapeuta que executa lentamente todos os movimentos. E não se preocupe se tem dificuldade para boiar: flutuadores nas pernas farão você se sentir mais confortável e segura. Só não pode usar touca de borracha, porque aperta a cabeça. Mas quem se importa de molhar o cabelo quando se está calma, calmíssima, numa ótima?
Florais - bom humor em gotas
Já imaginou ter no armário do banheiro - ao lado de seus cremes hidratantes - um frasco contendo o antídoto para uma crise braba de ciúme? Ou o bálsamo capaz de domar sua ansiedade antes de uma entrevista de trabalho? Os florais ajudam você a lidar com os mais variados problemas. "Reduzem a raiva, a irritação e o stress e ainda despertam virtudes como a alegria, o entusiasmo pela vida e a coragem", afirma a paulista Cynthia Accioly Abu-Asseff, terapeuta floral há 12 anos. Em outras palavras, a energia das flores equilibra as emoções. Claro, não é qualquer flor. Só as silvestres - sem cultivo manipulado ou uso de agrotóxicos - colhidas no auge da florada e colocadas em recipientes com água. Essa água dá origem à essência floral mãe, cujas gotas são diluídas em brandy ou vinagre de maçã, que fazem as vezes de conservante. Como o sabor do vinagre não é agradável, seu uso fica restrito aos casos de intolerância ao álcool. Cada problema será tratado com um buquê (mistura de essências florais) específico, receitado pelo terapeuta durante determinado tempo. "Se você tomar quatro gotas, quatro vezes ao dia, em uma semana já vai sentir alguma melhora", garante Cynthia. Existem também fórmulas prontas, vendidas em casas de produtos naturais. Para relaxar, por exemplo, são indicados Soul Support, Floral do Alasca; e Emergency, Floral da Austrália. Para controlar raiva ou ciúme, Blue Elf Viola, Floral do Alasca; ou Holly, Floral de Bach (de Edward Bach, médico inglês, o primeiro a pesquisar o efeito terapêutico das flores, no final da década de 30). Se anda amargurada, se achando uma vítima do destino, Willow, Floral do Alasca. Em casos de instabilidade emocional e energias negativas, Pink Yarrow, Floral da Califórnia. No site http://www.essenciasflorais.com.br/ você encontra informações sobre cursos e pode comprar de qualquer parte do Brasil.
Eutonia - corpo e mente em alerta
Desde que o mundo é mundo, a gente anda, senta, dança e se exercita de forma automática. Pois a eutonia, desenvolvida pela alemã Gerda Alexander a partir da década de 40, nos leva a prestar atenção no jeito como fazemos tudo isso - para começar a fazer direito. O conceito é simples: quanto mais consciência temos do nosso corpo e de seus limites, mais fácil aliviar as tensões e prevenir lesões e problemas nas articulações. A prática também não tem segredo: exercícios de percepção dos ossos, da pele, dos músculos e dos órgãos internos em aulas que podem ser individuais ou em grupo. Os alunos aprendem a se conhecer física e emocionalmente e a liberar tensões. Às vezes, com a surpreendente ajuda de bambus, bolinhas, almofadas ou castanhas; outras, com toques de massagem e interação entre colegas. "Mais do que uma técnica, é um processo de ampliação da consciência", explica Neta Novaes, eutonista e terapeuta corporal, de São Paulo. Resultado: nunca mais você vai sentar ou andar como uma autômata. Com isso, o corpo ganha tônus e quem sofre de stress, insônia, dores musculares e até de reumatismo e artrite se beneficia. Já dá para perceber o corpo mais relaxado a partir da primeira sessão, mas em geral recomenda-se uma série de dez. Não há contra-indicações. A eutonia favorece, inclusive, as gestantes, permitindo um melhor trabalho de parto", afirma Neta Novaes.

www.claudia.abril.com.br

Crônica do amor

Por Arnaldo Jabor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

03 março 2007

O incrível ovo medicinal

Por David Biello

O ovo de galinha tem uma história destacada na medicina. Mesmo hoje em dia, injeta-se o vírus da gripe em milhões deles para fabricar vacinas. Agora, cientistas do instituto Roslin, na Escócia (o mesmo que clonou a ovelha Dolly), produziram um galo geneticamente modificado cujas descendentes fêmeas põem ovos que produzem medicamentos no lugar de uma proteína na clara do ovo.
Helen Sang, do Instituto Roslin, e seus colaboradores usaram lentivírus para introduzir dentro de embriões um gene que ativa a produção de diversas drogas em vez da proteína ovalbumina, que em geral compõe cerca de 54% da clara. Os pesquisadores procuraram entre os frangos resultantes aquele que produzia o novo gene em seu sêmen. Depois, fizeram o cruzamento dele com galinhas normais para produzir novas aves que carregassem o gene inserido e produzissem medicamentos nas claras de seus ovos.
Testes com os ovos mostraram que elas podiam produzir o miR24 (anticorpo monoclonal usado no tratamento do melanoma) ou interferon b-1a (proteína do sistema imunológico usada contra esclerose múltipla, entre outros males) dependendo de qual gene fosse inserido. As galinhas produzem de 15 a 50 microgramas de medicamento por milímetro de clara, e embora isso não seja tão eficiente quanto a expressão da ovalbumina, é eficaz o suficiente para permitir a purificação subseqüente para drogas terapêuticas. "Esperávamos que o transgene não fosse tão eficiente quanto o gene endógeno no qual ele foi baseado, pois apenas alguns dos elementos regulatórios foram usados e o transgene pode ter sido inserido no cromossomo numa posição que não favorece a expressão máxima", observa Adrian Sherman, do Roslin, que também participou da pesquisa. "Estou certo de que há potencial para aperfeiçoamento."
Os ovos de galinha podem ter vantagens sobre outros produtos geneticamente modificados, como leite de cabra. As galinhas são fáceis de criar, produzem numerosos ovos e são baratas de manter. E após criar cinco gerações de aves modificadas, os pesquisadores não observaram nenhum efeito adverso à saúde, de acordo com um artigo publicado online em 15 de janeiro na Proceedings of the National Academy of Sciences USA.
Apesar de as proteínas terapêuticas terem funcionado como esperado em ensaios in vitro, levará anos para que o processo resulte em remédios para consumo humano, dizem os pesquisadores. As galinhas de Roslin somam-se a um esforço semelhante que emprega células tronco desenvolvidas pela Origen Therapeutics. Independentemente de qual "biofábrica" for a primeira a se tornar viável comercialmente, um novo uso medicinal para o venerável ovo está agora evidente.

www.sciam.com.br

01 março 2007

Japoneses descobrem como fazer diário em DNA de bactérias

Um texto microscópico pode ser enterrado junto com seu dono. Como elas vivem milênios, as informações estarão disponíveis até o ano de 5007.


Do G1, em São Paulo, com agências
http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL7306-6091,00.html

TÓQUIO - Pesquisadores do Instituto de Biociências Avançadas da Universidade de Keio, no Japão, anunciaram esta semana o desenvolvimento de uma revolucionária técnica de armazenar dados. Em vez de computadores, bactérias. Cada bacillus bacterium pode armazenar em seu DNA 2 megabits (o equivalente a 1,6 milhão de letras).
Os cientistas podem posteriormente extrair os implantes microscópicos em laboratório e lê-los como um texto comum. A técnica ainda tem muito a ser aperfeiçoada, mas a equipe está otimista quanto a seus usos no futuro. "Se eu quisesse arquivar meu diário pessoal nessas bactérias vivas e levá-lo comigo para o túmulo, minha história se perpetuaria por milhares e milhares de anos", disse o chefe de pesquisas Yoshiaki Ohashi. Em condições ideais, as bactérias podem viver por milênios.
Antes de lançar a tecnologia no mercado, a equipe de Ohashi quer se certificar de que o DNA não sofra alterações durante o desenvolvimento natural da bactéria.