Pesquisa personalizada

28 outubro 2006

Estudo afirma que Cubatão é um dos 35 locais mais poluídos do mundo

Segundo um estudo divulgado pelo Instituto Blacksmith, uma organização ambiental norte-americana, Cubatão foi considerada uma das cidades mais poluídas do planeta. Estimativas revelam que metade dos habitantes sofria de problemas respiratórios no início da década de 1980, quando a cidade registrou taxas recordes de mortalidade infantil. No entanto, o relatório registra que a cidade da Baixada Santista viveu reformas nos últimos 15 anos, que ajudaram a amenizar o problema.

Os metais pesados, como chumbo, foram registrados como a maior fonte de poluição. De acordo com a pesquisa, eles afetam dez milhões de pessoas nos países em desenvolvimento.

Cinco das dez localidades mais poluídas são em países do antigo bloco soviético. Isso deve-se ao desastre de Chernobyl, na Ucrânia, que poluiu solos e a água com restos radioativos. Um dos locais mais poluídos, atesta o relatório, é a cidade de Linfen, na China, onde mais de 200 mil pessoas são afetadas pela fumaça das minas de carvão.

Revista Galileu
http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT1328316-1940,00.html

Cientistas testam o “manto da invisibilidade”

Desenvolvido pelo físico John Pendry, do Imperial College de Londres, o “manto da invisibilidade” acaba de sair do papel. Cientistas norte-americanos da Universidade Duke, na Carolina do Norte, ajudaram o físico a fazer um pequeno cilindro de cobre se tornar invisível a radares. O equipamento é feito com dez anéis de fibra de vidro cobertos com materiais à base de cobre, ou metamateriais. Neles, as ondas emitidas pelo radar se desviam do objeto e se reencontram do outro lado. Os pesquisadores, por enquanto, não conseguiram fazer um objeto desaparecer diante dos olhos de alguém. Para isso, eles teriam que fazer com a luz o mesmo que fizeram com as ondas de radar, desviá-las.

Revista Galileu
http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT1328278-1717,00.html

20 outubro 2006

À flor da pele

Colunista explica mecanismos de resistência a agressões externas e reparo de danos no órgão

pele é um exemplo de estrutura moldada evolutivamente para resistir rotineiramente a estresses, sem apresentar alterações em sua morfologia ou fisiologia mesmo estando sujeita a agressões externas constantes. As adaptações da pele para evitar esses danos e seu fascinante mecanismo para reparar lesões em suas células e em sua estrutura tecidual têm sido recentemente foco de um intenso esforço de pesquisas.

A pele apresenta uma série de características em suas duas porções -- externa (epiderme) e interna (derme) -- que a tornam uma barreira contra agressões. A epiderme, por exemplo, é composta por células denominadas queratinócitos, que estão distribuídas em diversas camadas sobrepostas formadas por células firmemente unidas entre si. Os queratinócitos originam-se na camada basal da epiderme e são deslocados para a superfície da pele. Durante esse processo, essas células tornam-se anucleadas e são preenchidas por queratina, uma proteína que impermeabiliza a superfície da pele e impede sua desidratação e danos causados por agressões ambientais.

Continue lendo esta matéria em:

http://cienciahoje.uol.com.br/60248

Por: Jerry Carvalho Borges
Colunista da CH On-line
06/10/2006

18 outubro 2006

Link educativo, tem músicas, artigos.....

Entrem e confiram, muita informação a quem interessar....

www.dominiopublico.gov.br

13 outubro 2006

Estudo sugere que pacientes em coma podem pensar

Cientistas do centro de pesquisas médicas Adrian Owen, do Reino Unido, examinaram pacientes em estado vegetativo e afirmaram que eles podem compreender conversas e responder a estímulos. Eles alertam que nem todos os pacientes nesse estado podem responder da mesma forma.
Outro estudo lançado no ano passado já advertia que pacientes em estado mínimo de consciência têm sinais de atenção. A nova pesquisa mediu as respostas do cérebro de pacientes que estavam em um estado vegetativo persistente.


Na maioria dos voluntários, as respostas obtidas aos estímulos foram similares a pesquisas em voluntários saudáveis, ainda que algumas respostas fossem automáticas.


As descobertas indicam a existência de uma vida mental rica incluindo linguagem auditiva, um processamento de dados e a habilidade de visualizar imagens no cérebro.

Revista Galileu 22/09/06

Como ocorre o efeito estufa.........

Muito legal este link....é só ir clicando que as explicações irão surgindo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/2001-efeito_estufa-como_ocorre.shtml

05 outubro 2006

A ilha das águias gigantes

No último capítulo da trilogia O Senhor dos Anéis, o resgate de Frodo Baggins e Samwise Gamgee, realizado por águias gigantescas, não é somente uma idéia gerada pela imaginação contida nas lendas ou nos contos de fadas; essas portentosas aves habitaram realmente a Nova Zelândia. Hoje extintas, a sua existência foi documentada e explicada recentemente a partir da análise de um antigo DNA dessas águias, encontrado por Michael Bunce, antropólogo da Universidade McMaster do Canadá.

O estudo, publicado pela PloS Biology da própria McMaster descreve minuciosamente a enorme Águia de Haast (Harpagornis moorei) que pesava entre 10 e 15 kg, portanto 40% mais pesada que a maior ave de presa existente hoje em dia: a Harpia ou Águia Real, com 4,5 kg de peso, 2 metros de envergadura e 90 centímetros de altura, 11 a mais que a Águia Careca Americana e bem maior que as espécies encontradas na África e na Europa; espécie que se encontra entre as aves em extinção, sendo rara sua presença no México, na Bolívia e na Argentina.

No Brasil a Harpia Amazônica resiste bravamente, sendo a Floresta Amazônica, principalmente os estados do Amapá e Roraima, na fronteira com a Guiana Francesa e a Venezuela, praticamente seu último hábitat. As águias são aves falconiformes da família dos acipitrídeos, dotadas de bico e garras de considerável robustez, predominantemente predadoras, especialmente aquelas de grande porte.

Michael Bunce extraiu o DNA de ossos fósseis que datam uns 2.000 anos. O antropólogo canadense, ao comentar sua descoberta, disse: “Quando começamos o projeto, nosso objetivo era provar que havia uma relação entre a extinta Águia de Haast e a enorme Águia Australiana de Rabo Cuneiforme (Australian Wedge-tailed Eagle). Mas os resultados dos testes de DNA foram tão radicais que, num primeiro momento, duvidamos de sua autenticidade”. Tais resultados mostraram que a gigante da Nova Zelândia estava mesmo relacionada geneticamente a uma das menores águias do mundo – a Pequena Águia da Austrália e Nova Guiné, que pesa menos de 900 gramas.

Os testes de DNA do fóssil desta espécie (por comparação com o DNA de 16 espécies de águias atualmente existentes) permitiram provar que, numa surpreendentemente rápida evolução, esta espécie está estreitamente relacionada com uma outra atual, com um décimo da sua massa corporal (e que é, simultaneamente, uma das espécies analisadas de menor tamanho). Este fato ilustra a potencial rapidez e plasticidade morfológica de alteração de tamanho no mundo dos vertebrados, especialmente em ecossistemas cujo hábitat se situa em ilhas ou arquipélagos.

“Mais surpreendente ainda foi a descoberta da estreita relação genética que havia entre as duas espécies. Estimamos que o ancestral de ambas tenha vivido há menos de um milhão de anos. Isso significa que uma águia deve ter chegado à Nova Zelândia e que seu peso deve ter aumentado de 10 a 15 vezes nesse período, o que é muito rápido em termos de evolução. Tal aumento de tamanho é inédito em aves e animais”, acrescentou Bunce.

Antes de ser povoada pelos seres humanos há 700 anos, a ilha de Aoteroa, cujo nome original em língua Maori significa “País das Grandes Nuvens Brancas”, atual Nova Zelândia, fora três espécies dos morcegos, o arquipélago era habitado por cerca de 250 espécies de aves e não acolhia nenhum mamífero terrestre. Devido ao seu relativo isolamento, a Nova Zelândia desenvolveu um ecossistema único.

No topo da cadeia alimentar se encontrava a Águia de Haast, único falconiforme a dominar, como grande predador, esse ecossistema majoritariamente insular.

Os cientistas acreditam que esta águia se extinguiu aproximadamente dois séculos após o povoamento da Ilha. As águias caçavam as moas gigantes (Dinornis giganteus) e kiwis (Apteryx australis), uma ave encontrada comumente na Oceania. A Nova Zelândia é também a residência do tuatara, uma espécie antiga de réptil, e do weta um inseto que pode atingir mais de 8 cm de comprimento.

O Moa Gigante era uma ave gigantesca – uma das maiores que já existiram – que viveu na Ilha já na mais recente etapa do Holoceno, até desaparecer há 700 anos.

Sua extinção coincide com a chegada do Homem à Ilha; provas fósseis que consistem em ossos quebrados por ferramentas humanas, carbonizados e com marcas de dentes humanos, demonstram serem os homens os responsáveis pela extinção de magnífica ave, a qual já não possuía mais alguns ossos das asas e nem junções das asas com o corpo. Os Moas se alimentavam de folhas, viviam em pares ou em pequenos grupos familiares e não tinham predadores naturais, isto é, até a chegada do Homem. Existiam 11 espécies diferentes de Moas, a maior delas era o Dinornis maximus, que podia chegar a quase 4 metros de altura e pesar 400 kg.

Muitos dos nichos ecológicos que normalmente teriam sido ocupados por mamíferos, eram preenchidos por aves, incluindo o Kiwi (incapaz de voar) e o Moa. A Nova Zelândia é também a residência do Tuatara, uma espécie antiga de réptil e do Weta, inseto nativo que pode atingir mais de 8 cm de comprimento, muito parecido com um grilo.

Apesar de sua aparência, os Tuataras não são lagartos. Eles são os únicos membros sobreviventes da ordem Rhynchocephalia. Fósseis de Rhyncholephalianos mostram répteis de pequeno e médio porte que eram muito comuns no mundo há cerca de 225/120 milhões de anos, muito antes de o primeiro dinossauro aparecer na Terra. Com o tempo, esses animais foram desaparecendo e há cerca de 60 milhões de anos eles ficaram praticamente extintos, exceto por uma pequena população que vive na Nova Zelândia.

Os primeiros exploradores europeus a chegar à Nova Zelândia foram o holandês Abel Tasman, em 1642, e o inglês James Cook, em 1769, cujas pesquisas conduziram a uma colonização total européia a partir de 1790.

A Nova Zelândia é um arquipélago composto por duas ilhas principais e numerosas pequenas ilhas, algumas das quais bastante longínquas. A Ilha Sul é a maior massa de terra e está dividida ao longo do seu comprimento pelos Alpes do Sul, cujo maior pico é o Monte Cook com 3.754 m. Na Ilha Sul há dezoito picos com mais de três mil metros de altitude. A Ilha Norte é menos montanhosa do que a Sul, mas está marcada por um intenso vulcanismo. Na Ilha Norte, a montanha mais alta, Ruapehu (2.797 m) é um cone vulcânico ativo. A área total da Nova Zelândia, 270.500 km² é um pouco maior que a do Estado de São Paulo ou que as Ilhas Britânicas.

Muito afastada das terras mais próximas, a Nova Zelândia é, entre as massas de terra de dimensões consideráveis do Planeta aquela que está mais isolada. Os seus vizinhos mais próximos são a Austrália, para Noroeste, e a Nova Caledônia, Fiji e Tonga, para Norte.

Weta, o nome da empresa que realizou O Senhor dos Anéis, foi uma homenagem ao inseto nativo. “O Weta, que está por aqui desde a época dos dinossauros, é capaz de sobreviver mesmo em situações extremas, como o congelamento. Por essa capacidade de sobrevivência, foi escolhido como símbolo e nome da empresa de efeitos especiais como uma forma de trazer boa sorte: É o gafanhoto mais feio que existe no Planeta, enquanto é o mais belo inseto. É a melhor criaturinha para nos inspirarmos”, disse Richard Taylor, o premiado maquiador e figurinista de O Senhor dos Anéis.


Fonte: Revista Eco 21, ano XV, Nº 101 abril/2005.

01 outubro 2006

Aprender duas vezes é diferente de aprender uma vez só

Nas últimas décadas, muitos pesquisadores têm investigado em detalhe o complexo comportamento humano, principalmente em relação às diversas formas de aprendizado, seus mecanismos e sua regulação. A consolidação da memória, em especial, tem sido objeto de vários trabalhos. Recentemente, nosso grupo de pesquisa no Centro de Memória da PUC-RS obteve resultados que ajudam a entender como esse processo acontece em escala molecular.
Muitos dos trabalhos que investigam a aprendizagem e a formação de memórias recorrem a modelos animais. A forma de aprendizado mais estudada do ponto de vista molecular tem sido a chamada esquiva inibitória. Nesse modelo, ratos ou camundongos são colocados num compartimento ou numa plataforma frente a um setor da caixa onde, ao entrar, recebem um pequeno choque elétrico. Os animais aprendem a retardar ao máximo a saída do compartimento original o mais possível: evitam, assim, ingressar no setor onde poderiam receber um choque.
Geralmente, os roedores aprendem isso numa única exposição à caixa de treino; por isso a tarefa é tão utilizada. Nela resulta evidente em que momento os animais iniciam a formação da memória correspondente: obviamente, ao descer da plataforma e receber o choque. Essa tarefa representa aprendizados muito comuns e necessários para os humanos, como não sair de um lugar seguro, olhar antes de atravessar a rua, não entrar em um bairro perigoso ou não botar os dedos na tomada.

A base bioquímica da formação dessa memória envolve a ativação de três tipos diferentes de receptores glutamatérgicos em uma sub-região da área cerebral conhecida como hipocampo dorsal. Essa ativação é seguida de vários eventos moleculares já bem demonstrados, como a ativação seqüencial de várias enzimas. Paralelamente, e em dois picos, um imediatamente após o treino e outro três horas mais tarde, estimula-se no hipocampo a expressão dos genes e, em seguida, a síntese de proteínas.
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http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/4164